O prefeito de Diadema, José de Filippi Jr. – PT, recuou e cancelou o pedido de férias que havia apresentado na última quinta-feira (22) na Câmara Municipal. Em um ofício enviado ao presidente da Casa, o prefeito solicitou o cancelamento do descanso anual previsto para o período de 5 de setembro a 4 de outubro.
Contudo, a decisão de Filippi foi impulsionada por uma situação política delicada. Embora o objetivo do pedido de férias fosse dedicar-se à campanha para sua reeleição, a falta de um substituto viável e a pressão da Câmara e das ruas forçaram o prefeito a reconsiderar.
Quem assume?
A vice-prefeita Patrícia Ferreira – PT, por exemplo, afirmou ao Repórter que não assumiria o cargo, pois está concorrendo a uma vaga como vereadora e, como prefeita interina, não poderia seguir com sua campanha. Do mesmo modo, o presidente da Câmara, Orlando Vitoriano – PT, também enfrenta a mesma situação, visto que é candidato à reeleição para o legislativo.
Nesse sentido, a possibilidade de Eduardo Minas – PP, 1º vice-presidente da Câmara, assumir o cargo durante as férias de Filippi não foi bem recebida pelos petistas. Minas, aliado de Taka Yamauchi – MDB, principal oponente do prefeito na corrida eleitoral, se colocou à disposição, mas a situação não reverberou bem.
Taxa do Lixo
Além disso, na sessão de ontem (29), o vereador Eduardo Minas aproveitou a oportunidade para questionar o prefeito sobre a recente medida de retirar a taxa do lixo da conta de água a partir de 2025.
Ele classificou a ação como “eleitoreira” e levantou uma série de questionamentos. “Se o Executivo diz que ouviu o povo, por que não tomou essa providência no mês seguinte à cobrança casada, já que as manifestações contra a ilegalidade ocorrem há meses?”, indagou Minas.
O vereador também pressionou o prefeito a enviar imediatamente à Câmara um projeto que determinasse a separação das cobranças, mencionando que a SABESP já havia declarado a possibilidade de divisão.
MARCOS FIDELIS