O indicador Abrainc-Fipe – Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias – Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, que mede os dados do mercado imobiliário, traz uma perspectiva positiva do cenário que tem se desenhado.
Assim, o indicador apontou alta de 45,3% na venda de imóveis na comparação interanual, últimos 12 meses, porém, terminadas em maio de 2024, contudo divulgados em agosto.
O indicador mostra, ainda, que houve comercialização de 183.228 unidades no Brasil entre maio de 2023 e o mesmo mês de 2024, todavia, a soma das vendas entre janeiro e maio de 2024 representa 28,9% a mais que no mesmo período de 2023.
O REPÓRTER conversou com Nelson Freire, diretor da Freire Imóveis, localizada em São Caetano, que disse não ter percebido esta alta no mercado imobiliário do ABC.
“O que acho é que devido às aplicações mirabolantes, 1,2%, segundo investidores 1,3%, passou a não ser mais interessante imóvel. Hoje, vendemos muito imóvel para moradia, porque o investidor não investe mais”, explica Nelson.
Freire disse não conhecer estas informações de alta de 45%.
“Desconheço o crescimento de 45%. Aliás, para vendas podemos colocar aumento de 12 a 15%, mas 45% é muito, no mercado atual não existe”, disse o empresário.
Sobre projeções futuras, Nelson Freire preferiu a cautela.
“Não dá para falar nada por causa das eleições, existe uma incerteza, e estas incertezas fazem todo mundo parar, ninguém sabe para onde correr. Mas, entre deixar o dinheiro aplicado ou comprar imóvel, a compra do imóvel é mais seguro, pois dinheiro no banco não sabe o que pode acontecer, já a compra de um imóvel, por menos que alugue, sempre consegue manter o capital de pé e ainda manter receita”, avalia o especialista.
CELSO M. RODRIGUES
Nome foto: Nelson
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