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Tese de aluno do mestrado em Engenharia Elétrica da FEI vira publicação literária 

Felipe Requena é autor do livro “Análise Visual de Padrões de Leitura em Textos da Língua Portuguesa por meio de Rastreamento Ocular”

“Análise Visual de Padrões de Leitura em Textos da Língua Portuguesa por meio de Rastreamento Ocular” – esse foi o título dado ao livro publicado pela editora Dialética e de autoria do aluno Felipe Requena, formado pelo Programa de Mestrado em Engenharia Elétrica da FEI. Sob orientação do Prof. Dr. Carlos Eduardo Thomaz, que também é coordenador do Programa de Pós-graduação em Engenharia Elétrica, todo o trabalho de pesquisa desenvolvido por Felipe foi construído com o objetivo de servir como material de utilidade para melhorias na educação nacional, sobretudo às pessoas diagnosticadas com algum tipo de deficiência.

Felipe Requena, que também é graduado em Ciência da Computação pela FEI, destacou a sua própria experiência como estudante com deficiência e o quanto o fato impactou na sua jornada de formação acadêmica. “Durante o processo de desenvolvimento do trabalho de mestrado, acreditei que a publicação do livro, com o todo o trabalho que foi feito como pesquisa, pudesse ser útil na posteridade para melhorar a educação, pois, sendo um portador de necessidades especiais (cadeirante), tive grandes dificuldades no desenvolvimento da habilidade de leitura, tendo em vista uma patologia neurológica que na época do período escolar foi muito difícil de diagnosticar e isso me impulsionou a colaborar”, explicou.

O tema do livro, que envolve o estudo de padrões de rastreamento ocular, surgiu como ideia em 2014, quando Felipe ainda cursava a graduação na FEI. A pesquisa ganhou profundidade diante do levantamento dos dados do PISA (Programa Internacional de Avaliação de Estudantes), realizado e mantido pela OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico). O estudo, de nível internacional, traz um comparativo, realizado a cada três anos, com informações sobre o desempenho dos estudantes na faixa etária dos 15 anos de idade, em que se pressupõe o término da escolaridade básica obrigatória na maioria dos países, avaliando os principais fatores que moldam a aprendizagem e equidade dos resultados dessa aprendizagem – dentre esses fatores, constata-se a capacidade de leitura e interpretação textual – alvo da dissertação construída por Felipe.

“Em nossa pesquisa conseguimos verificar que a leitura é uma atividade complexa, mas ainda assim todos conseguem fazê-la, uns em menor grau do que outros. Porém, na questão da compreensão de texto poucas pessoas são capazes de compreender o que leem. É neste ponto justamente em que o Brasil tem encontrado dificuldades de acordo com os dados do PISA, ao longo dos anos. Mesmo que o método de ensino que é utilizado até hoje seja capaz de habilitar indivíduos para ler, o mesmo não é hábil suficiente para capacitar a compreensão de texto. No trabalho de pesquisa, verificamos que poucas pessoas conseguem extrair informações relevantes de um texto lido, compreendendo de fato o que leem”, ressaltou o pesquisador.

Com o término da graduação em 2018, Felipe Requena conta que prosseguiu com a ideia já idealizada durante o curso de Ciência da Computação – o que acabou também virando tema para o seu TCC na FEI. Já em 2019, a convite do Prof. Dr. Carlos Eduardo Thomaz, o pesquisador e autor do livro decidiu então dar continuidade às pesquisas. “O tema surgiu a partir de uma das reuniões com o meu orientador, o Prof. Carlos Eduardo Thomaz, para definir o tema em que iríamos trabalhar. Lembro que estávamos conversando e no momento em que vimos o artigo do estudo sérvio e pensamos ‘Será que é possível replicar esse estudo com os dados do PISA em português?’ Investigamos e decidimos proceder com o tema, explorando a questão dos padrões de leitura, usando o rastreamento ocular para nos apoiar. Vendo hoje o rumo que a pesquisa tem tomado, fico muito contente com o que foi até aqui alcançado”.

Superação e Resiliência

“Como é natural para todo aluno de colégio, que entra na vida acadêmica, sempre há um período de transição de uma realidade para outra. Somado a isso, sou portador de uma dificuldade motora,  que faz com que eu não tenha a escrita fina como os demais. Apesar de todos os desafios enfrentados e depois de 7 anos de curso, veio a conclusão da graduação”. Já com relação à sua formação no mestrado, Felipe ainda completou: “Em 2019, a oportunidade do mestrado apareceu e foi nesse período em que pude conhecer o Prof. Dr. Carlos Eduardo Thomaz, que foi meu orientador, e sou imensamente grato. Embora tenha sido uma jornada difícil, me sinto realizado pelos resultados e pelo conhecimento obtido” finalizou.

Sobre a FEI:

Com mais de oito décadas de tradição, a FEI (Fundação Educacional Inaciana Pe. Sabóia de Medeiros) se destaca entre as instituições de Ensino Superior no Brasil nas áreas de Administração, Ciência da Computação, Ciência de Dados e Inteligência Artificial e Engenharia. Referência em gestão, inovação e tecnologia, a FEI já formou mais de 60 mil profissionais e tem como propósito proporcionar conhecimento aos seus alunos por todos os meios necessários, visando à construção de uma sociedade desenvolvida, humana, sustentável e justa, por meio do ensino, pesquisa e extensão.

A FEI faz parte da Companhia de Jesus e oferece cursos de Administração, Ciência da Computação, Ciência de Dados e Inteligência Artificial e Engenharias – habilitações em Engenharia Civil; Engenharia de Automação e Controle; Engenharia de Materiais; Engenharia de Produção; Engenharia Elétrica; Engenharia Mecânica e Engenharia Mecânica com ênfase Automobilística; Engenharia Química e a primeira graduação em Engenharia de Robôs do País, sendo o maior polo educacional de robótica inteligente da América Latina.

Acompanhando as megatendências mundiais para o futuro, a FEI participou da formulação das novas Diretrizes Curriculares Nacionais para os cursos de Engenharia e Administração, propondo ao Ministério da Educação conceitos de interdisciplinaridade e empreendedorismo, que fazem com que os alunos tenham uma formação mais ampla e alinhada com as transformações tecnológicas.

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