As sessões da Câmara Municipal de Diadema têm sido marcadas por intensos debates e ataques diretos e indiretos ao pré-candidato ao paço, Taka Yamauchi – MDB. Os vereadores da base do prefeito José de Filippi Junior – PT têm se empenhado em blindar o atual governo, frequentemente fazendo insinuações contra Yamauchi. Nesse sentido, o clima na Câmara tem sido tenso, especialmente durante os momentos de debate, onde a oposição denuncia situações do governo vigente.
Além disso, na última quinta-feira (11), durante uma sessão conturbada, o líder do governo, vereador Josa Queiroz, afirmou: “Aqui não tem contrato emergencial”. A declaração foi vista pela oposição como uma tentativa de desqualificar o trabalho de Yamauchi, que foi presidente da SP Obras, a maior empresa pública da área na América Latina, liderando um orçamento de R$ 9 bilhões na Capital.
Todavia, a mesma manhã revelou uma contradição. A Prefeitura de Diadema realizou duas contratações emergenciais: uma com a Hera Serviços Médicos, no valor de R$ 533.409,00 e outra com a OGS Saúde Pronto-Socorro e Clínica Médica Ltda., por R$ 210.129,00.
Outro lado
A Prefeitura, por meio de sua Assessoria de Imprensa, esclareceu: “A contratação das referidas empresas seguiu todos os ritos jurídicos e está balizada na Lei de Licitações por se tratar de urgência devidamente comprovada no atendimento da saúde de Diadema. Ambas as empresas prestam serviço de encaminhamento de médicos especialistas para reforçar os quadros da administração para o atendimento da população. Problema esse que é compartilhado por diversas cidades do Brasil.”
Contudo, a saúde tem sido alvo de duras críticas da população. Recentemente, o prefeito Filippi se envolveu em uma polêmica ao “dar ponta pé” na construção de um novo hospital, sem iniciar o trâmite de licitação. Além disso, movimentos sociais questionam a necessidade da demolição do prédio do Paço Municipal para construção de um novo equipamento.
A infraestrutura de saúde da cidade é tema recorrente de matérias do REPÓRTER, incluindo casos onde crianças necessitam ser transportadas de maneira improvisada para obter atendimento médico. Nesse contexto, a precariedade dos serviços de saúde expõe a fragilidade da gestão municipal.
Atraso
Juntamente com essas questões, a presença do presidente Lula no dia 05, último dia permitido para atos oficiais com a presença do prefeito Filippi devido à legislação eleitoral, trouxe mais atenção para os problemas de Diadema. Lula visitou o canteiro de obras do Quarteirão da Educação, cuja previsão de entrega era fevereiro, mas está atrasada.