ABC tem 200 postos de combustíveis sob o comando do crime organizado

Segundo o governador Tarcísio de Freitas – Republicanos, em agenda política, em Nova Iorque – EUA, em maio, o PCC – Primeiro Comando da Capital é proprietário de 1.100 postos de combustíveis em São Paulo. Caso este número condiga com a verdade, o crime organizado representa a quinta maior força de distribuição de combustível do Brasil, que conta com 43 mil estabelecimentos desse ramo.

O REPÓRTER conversou com Roberto Leandrini Jr., proprietário de posto de combustível que, ao endossar a informação, deu números sobre a situação no ABC, região em que atua.

“O nosso governador Tarcísio tem toda razão, hoje estima-se que, no Estado de São Paulo, 1.100 postos fazem parte do PCC, aliás, na região do ABC, nossa região, estimamos que 200 postos estejam na mão do crime organizado, ou seja, PCC, é uma situação muito delicada”, lamentou o empresário.

O domínio do crime organizado neste setor afeta diretamente o consumidor e o trabalhador. “Aflige muito os comerciantes, porque um revendedor sério, que cumpre com suas obrigações, recolhe impostos, está com todos os seus funcionários registrados, é difícil competir com o crime. O crime organizado, além de vender produto adulterado, não registra os funcionários, os ameaça, é uma barbaridade total. Portanto, estamos vivendo o velho oeste dos anos 30, hoje, no Brasil, a nossa esperança é que um dia apareça alguém com muita disposição e mão de ferro para combater esta situação”, clamou o empresário, que concluiu:

Narco-nação

“E não é só na situação dos postos, eles estão em todos os segmentos da sociedade, na política, e até mesmo no judiciário. Então, o que acho é que enquanto a gente não resolver isso, o Brasil está prestes a virar uma narco-nação, pior que o México”, lamentou ele.

CELSO M. RODRIGUES