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O monopolismo esportivo do país

É discrepante e nítida o favoritismo de grande parte da mídia brasileira para determinados esportes no país. Que o futebol sempre foi a modalidade mais conhecida, comentada e acompanhada por todo o mundo, isso não há discussão. Porém, será mesmo que esse ‘monopolismo esportivo’ vai continuar, mesmo nos dias atuais?

Temos um exemplo concreto e que o próprio Correio é prova viva disso. Neste mesmo fim de semana, em que grandes portais de notícias e canais de televisão encheram suas manchetes com a vitória do Flamengo em cima do Vasco e da fi nal da Liga dos Campeões da UEFA, milhares de pessoas lotaram as arquibancadas da Arena Carioca 1, no Parque Olímpico do Rio de Janeiro, para acompanharem, de perto, atletas que, se preparam durante todo o ano, para a disputa da Copa Sur, a semifinal da América do Sul que garante vaga para o CrossFit Games, que acontece nos Estados Unidos.

Atletas estes que nem sempre ganham fortunas de dinheiro e muito menos trazem em suas camisas inúmeros patrocínios, porém, que trazem consigo, a vontade de vencer e uma multidão de fãs. O que vimos durante três dias de competição foi uma rivalidade saudável e não violenta, como temos visto em alguns confrontos de futebol, principalmente, em clássicos pelo país.

Dava para contar nos dedos a quantidade de mídia externa que esteve no local cobrindo e divulgando um dos eventos que, se fosse no exterior (como existem outras semifi nais por todo o mundo) grande parte da mídia estaria presente. É triste afi rmar que somente o Correio da Manhã, como grande veículo de comunicação social do país, estava lá. Queríamos sim estarmos disputando espaço com nossos colegas de trabalho, tanto TV, rádio e impressos, para registrarmos o melhor ângulo ou a entrevista exclusiva. Mas não, isso não aconteceu e essa realidade difi cilmente será mudada a curto prazo.

Não é só de futebol que o esporte brasileiro vive, temos tantas outras modalidades que merecem tamanha divulgação como alguns jogadores e times recebem. Modalidades estas que quase nunca estão envolvidas em nenhum escândalo ou fraude. Muito menos crime ou violência. Parabéns a todos os envolvidos e aos atletas que representarão o país nos EUA.

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