Se as emissões de gases de efeito estufa continuarem a aumentar, o planeta enfrentará um derretimento acelerado das geleiras, o que resultará em um aumento significativo do nível do mar. Segundo a ONU – Organização das Nações Unidas, cidades como Rio de Janeiro (RJ) e Santos (SP) poderão estar parcialmente submersas até 2100. Além disso, a Austrália também deverá ser gravemente afetada por esse fenômeno.
Ainda mais preocupante, o ápice do problema está previsto para o final do século. No entanto, por volta de 2050, inundações permanentes já podem se tornar uma realidade nessas regiões. Nesse sentido, centenas de milhares de pessoas serão inevitavelmente afetadas, alterando drasticamente a vida nas áreas costeiras.
As previsões da ONU foram desenvolvidas em parceria com o CIL – Climate Impact Lab e estão disponíveis para consulta na plataforma HCH – Human Climate Horizons. “Centenas de cidades altamente povoadas enfrentarão um risco acrescido de inundações até meados do século” devido à elevação do nível do mar, afirma a ONU em nota. Além disso, se medidas não forem tomadas para conter as mudanças climáticas, é esperado que áreas ocupadas por 5% da população em cidades costeiras enfrentem inundações frequentes até 2050 — um cenário que inclui Santos, por exemplo.
Contudo, se as previsões mais drásticas se confirmarem e nenhuma ação for tomada, o risco de inundações aumentará significativamente. Em outras palavras, áreas onde vivem 10% das populações costeiras poderão ser afetadas. De modo geral, essas regiões são densamente povoadas, o que agrava ainda mais a situação.
A ONU estima que aproximadamente 160 mil quilômetros quadrados de terra costeira serão inundados até 2100, uma área maior que o território da Grécia ou de Bangladesh, por exemplo. Apesar disso, a urgência para adotar medidas eficazes contra as mudanças climáticas nunca foi tão evidente. Todavia, o desafio é imenso e requer uma ação global coordenada
MARCOS FIDELIS
