Atleta de São Bernardo conquista ouro no Mundial e reforça vaga às Paralimpíadas de Paris

Atleta de São Bernardo e da Seleção Brasileira, Luis Carlos Cardoso conquistou a medalha de ouro no Campeonato Mundial de Paracanoagem, em Szeged, na Hungria. Ele concluiu a prova com o tempo de 46.17s, batendo seu próprio recorde anterior, que era de 48.7s. Com o resultado, Luis Carlos, que treina sobre as águas da Represa Billings, na região do Estoril, alcança seu 7º título de campeão mundial e reforça sua vaga aos Jogos Paralímpicos de Paris, em agosto.

Luis Carlos registrou o melhor tempo na final da categoria KL1 200m. O pódio ainda teve o francês Remy Boulle, que ficou com a medalha de prata (46.36s), e o iraniano Saeid Hosseinpoorzarouni, com o bronze (48.42). Na modalidade, a vaga para as Paraolimpíadas é de cada País, que convoca os atletas que vão representar as cores da bandeira de acordo com as próprias regras da entidade. O anúncio oficial dos nomes deve ocorrer em cerca de um mês pelo Comitê Paralímpico Brasileiro.

“A felicidade é imensa de poder retornar ao meu País levando comigo a minha 7ª medalha de ouro em Mundiais de paracanoagem. Obrigado por estarem remando comigo nessa jornada. Seguimos rumo a Paris”, frisou o paratleta de São Bernardo, em suas redes sociais. No geral, o Brasil encerrou o torneio internacional com dois ouros, duas pratas e dois bronzes.

Natural de Picos, no Piauí, Luis Carlos assegurou medalha de prata nos Jogos de Tóquio, no Japão, e segue em alto nível na classe KL1 às vésperas das Paralimpíadas da França. Melhor classificação do Brasil na categoria, ele ficou com a segunda colocação na prova dos 200 metros da canoagem do torneio em 2021, superado somente pelo húngaro Peter Kiss, fenômeno da modalidade.

Sob a orientação do técnico húngaro Akos Angyal, que desde 2005 encabeça a equipe da seleção olímpica de canoagem, Luis Carlos ocupa o topo da categoria. Ele começou a praticar o esporte para se manter em forma após o diagnóstico de paralisia – ficou paraplégico aos 25 anos, devido a um parasita que se alojou em sua medula. A classe disputada por ele é voltada a atletas que utilizam apenas os braços para remar.

 

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