Uma ação conjunta entre a Receita Federal e órgãos parceiros resultou na deflagração da Operação Metalmorfose, visando desarticular um complexo esquema no setor de cobre que gerou a emissão de R$ 17 bilhões em notas fiscais fraudulentas entre 2018 e 2020, foi realizada na manhã de ontem (09). Essa operação, além de revelar a extensão do esquema, teve foco também no ABC, com ações em Santo André, São Caetano e Mauá.
A operação mobilizou um efetivo de 83 auditores-fiscais e analistas-tributários da Receita Federal, que estão cumprindo 39 mandados de busca e apreensão em diversas cidades paulistas. Esse esforço conjunto busca obter mais evidências relacionadas ao esquema, incluindo atividades mais recentes, destacando ainda mais a relevância dessas localidades no contexto da investigação.
Participam dessa operação importantes órgãos como a SEFAZ – Secretaria da Fazenda e Planejamento do Estado de São Paulo, a PGE – Procuradoria Geral do Estado de São Paulo e o Ministério Público de São Paulo e de Santa Catarina. A abrangência da ação, que envolve diferentes instituições, ressalta a gravidade e a complexidade do esquema em questão.
Estrutura
O esquema investigado é sofisticado e se estrutura em três núcleos principais, além de outros participantes ativos. O primeiro núcleo consiste em uma rede de empresas fantasmas, conhecidas como “noteiras”, que emitem notas fiscais fraudulentas simulando operações reais, principalmente de produtos de cobre e sucata. Esse núcleo tem presença em diversas cidades, incluindo Santo André, São Caetano e Mauá.
O segundo núcleo é composto por empresas fornecedoras de produtos de cobre, principalmente localizadas em Santa Catarina, enquanto o terceiro núcleo é formado pelas empresas paulistas do setor de cobre que utilizavam as notas fiscais fraudulentas para sonegar tributos federais e estaduais.
MARCOS FIDELIS
