Nesta terça-feira (7), o Clube Atlético Aramaçan, em Santo André, recebeu a cerimônia de abertura e a primeira aula teórica do curso de capacitação técnica paralímpica, do Programa de Desenvolvimento Paralímpico do Governo do Estado. A formação é voltada para estudantes e profissionais que trabalhem com práticas esportivas e atividade física em geral.
“A intenção do projeto é trazer formação para os profissionais, para que eles possam atuar com esporte paralímpico e levar as modalidades existentes para as pessoas com deficiência. Não só pensando em transformá-la em um atleta, mas melhorar sua qualidade de vida”, disse Samira Alves Pessoa, assessora técnica de Paradesporto da Secretaria de Estado da Pessoa com Deficiência, que esteve presente na cerimônia de abertura. O conceito de paradesporto engloba todas as manifestações da prática de algum esporte por uma pessoa com deficiência, independente da modalidade escolhida, do tipo ou nível da deficiência.
Ao todo, 93 pessoas se inscreveram no curso, uma iniciativa da Secretaria da Pessoa com Deficiência em parceria com as secretarias de Esporte e Prática Esportiva e de Educação.
Durante os quatro dias do programa, os alunos receberão em aulas práticas e teóricas, conteúdo sobre a aplicação de conceitos e técnicas, fundamentos básicos e adaptações necessárias para iniciar e dar continuidade ao processo educativo-esportivo em oito modalidades, divididas em duas grades a serem escolhidas pelos professores. A grade 1 é composta por atletismo, futebol de cegos, halterofilismo e judô. A grade 2 por vôlei sentado, tênis de mesa, parabadminton e natação.
Segundo a secretária da Pessoa com Deficiência, Valéria Romera Marcelino, os alunos deverão adquirir, com o curso, um novo olhar sobre os esportes paralímpicos e o paradesposto. “Eles vão poder identificar potenciais atletas e ter esse olhar realmente voltado para as adaptações necessárias para a inclusão das pessoas com deficiência na prática da atividade física, fundamental para a saúde”, destacou.
“Essa iniciativa é vital, não só pelo fato de a acessibilidade ser uma preocupação da nossa cidade, mas também porque todos estão percebendo a mudança dos tempos. Hoje, esse tipo de ação não é só uma política pública, é uma obrigatoriedade da sociedade como um todo”, acrescentou o secretário de Esporte e Prática Esportiva, Marcos Fernandes Filho.
Fabiana Morgado Gomes, coordenadora de Projetos da Secretaria de Educação, destacou ainda a importância da união entre secretarias nessa ação. “É muito bom poder estar junto da Secretaria da Pessoa com Deficiência e da Secretaria de Esporte e Prática Esportiva pensando nesse cidadão múltiplo de necessidades e possibilidades. E pensar no segmento paralímpico é pensar também para além da escola, para aquelas pessoas que precisam e têm o direito de lazer, de vivenciar o esporte em suas nuances, sejam elas esportivas ou não, mas sempre na busca da qualidade de vida”, afirmou.
O Programa de Desenvolvimento Paralímpico do Governo do Estado está em seu quarto ano de atividades, período em que foram realizados 79 ações como esta, beneficiando mais de 3 mil pessoas.
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