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Professores da UFABC adotam greve em meio a demandas por reajuste salarial

Os professores da UFABC – Universidade Federal do ABC, com dois campis na região – Santo André e São Bernardo, decidiram aderir à greve das universidades e institutos federais, juntando-se às demais categorias de servidores públicos federais que clamam por reajuste salarial. Além disso, os servidores técnico-administrativos da universidade já estão em greve desde o dia 18 de março.

De acordo com dados, o valor real investido por estudante na UFABC sofreu uma queda significativa de 28,8% entre os anos de 2018 e 2022, durante o governo do presidente Jair Bolsonaro. Ainda assim, no período compreendido entre 2010 e 2021, a queda total chega a alarmantes 72,7%.

Enquanto os investimentos caíam, o número de alunos, aulas e serviços prestados na UFABC não parou de crescer. Por exemplo, entre 2010 e 2021, a relação de alunos matriculados na UFABC por docente aumentou de 10,2 para 21; no que diz respeito aos funcionários, esse número saltou de 10,8 para 22.

Em uma assembleia pública realizada em 16 de abril, o professor Daniel Pansarelli, da Pró-reitoria de Planejamento e Desenvolvimento Institucional da UFABC, destacou que os custos da universidade dispararam em 2023, com a retomada do funcionamento presencial e o reajuste das bolsas. No entanto, a expectativa de que o novo governo Lula aumentasse as verbas não se concretizou.

“Recebemos para 2024 menos que o valor de 2023. A Lei Orçamentária Anual de 2024 não corrigiu as perdas que as universidades tiveram ao longo dos anos”, ressaltou Pansarelli durante a assembleia.

MARCOS FIDELIS

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