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Reflexão necessária para conclusões

Nesta quarta-feira, 20 de março, o estado de São Paulo, acompanhou o desfecho de um dos casos policiais que mais geraram repercussão nacional.

 

Quem não se lembra da menina, de 12 anos, que saiu de casa para andar de patins, sumiu e foi encontrada sem vida oito dias depois? Realmente um crime, entre tantos outros, envolvendo crianças e adolescentes, que marcou tragicamente os últimos anos no país, principalmente a região Sudeste.

 

O que mais chamou a atenção envolvendo o caso Vitória Gabrielly, que aconteceu em Araçariguama (SP), foi que, após as investigações da Polícia Civil, foi concluído que a vítima foi pega por engano. Uma vida foi tirada por ter sido confundida por outra. Detalhe, o mandante de tal crime era um trafi cante de drogas, na época, que cobrava uma dívida de um rapaz daquele município. A intenção era sequestrar a sua irmã e a linda e meiga Vitória, que estava sem nenhuma maldade curtindo seus patins, foi a vítima.

 

Ao mesmo tempo em que o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal julgam as questões das drogas no país, um traficante foi condenado a mais de 36 anos de prisão por ser o mandante do crime que resultou na morte de uma criança, repetindo, por engano. Olha toda a dimensão dessa reflexão e onde devemos chegar com nossas conclusões.

 

O mal, como sempre aprendemos, deve ser cortado pela raiz. Os pais de Vitória Gabrielly não viram ela crescer porque um usuário de determinada droga estava devendo uma quantia de dinheiro a um traficante.
Independentemente de opiniões e lados sobre ser certo ou não a legalização de droga, consumo próprio e todas as discussões, termos a ciência de que este ato tirou a vida de uma criança é muito grave e isso pode ter acontecido já tantas outras vezes. Além disso, pode voltar a acontecer — e nem sempre esses casos ganham repercussão na mídia.

 

Quando algo é iniciado errado, impossível dar certo. Se realmente a menina referida fosse raptada, quem garante que não seria ela a vítima deste crime tão cruel? Nossa única certeza é de que, mesmo demorando seis anos e sem a vida de Vitória, a justiça foi feita.

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