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Vereador Ary de Oliveira encaminha nota de repúdio ao MEC e PNLD

Vereador afirma que o livro apresenta uma linguagem completamente incompatível ao ambiente escolar

 

 

CELSO M. RODRIGUES

O vereador Ary de Oliveira – PSDB enviou requerimento à Câmara de São Bernardo, no último dia 06, com nota de repúdio ao MEC – Ministério da Educação e ao PNLD – Programa Nacional do Livro e do Material Didático pela distribuição do livro intitulado “O Avesso da Pele”, do autor Jeferson Tenório – Logos, 2021, destinados aos estudantes de 1º ao 3º ano do Ensino Médio.

Repúdio

Em seu despacho, o parlamentar alega que, “Embora tenha recebido o “Prêmio Jabuti” em 2021, na categoria Romance Literário, a obra apresenta uma linguagem completamente incompatível ao ambiente escolar, narrando diálogos eróticos e explícitos, além de estar imerso em palavras de baixo calão, que em nada contribuem com a formação e desenvolvimento educacional dos nossos estudantes”, diz parte do documento.

Brincadeira

Em conversa com o REPÓRTER, Ary disse essa obra não deveria nem entrar em pauta. “Eles pegaram o livro e enviaram como opção, disponibilizaram para os professores lerem e, se acharem viável, passar para os alunos. Mas, isso é brincadeira, isso não deveria nem entrar na pauta, deveria ser repudiado. Além disso, tem a foto do autor entregando o livro para o presidente Lula”, criticou o político.

Pornográfico

O vereador argumentou que o conteúdo é impróprio para uso didático. “Os termos que ele usa não entram em nenhum contexto decente, é um livro pornográfico, não tem nada didático, é pornografia pura. Acho que faltou ao MEC atenção de conhecer o livro antes de encaminhar, é tão absurdo que não dá para acreditar que eles distribuíram um livro desta espécie para escola, eles tem que ter ciência que está sendo repudiado e para retirar essa porcaria de circulação”, requisitou o edil.

MEC

O REPÓRTER entrou em contato com o MEC, que passou seu posicionamento:

 

“O Programa Nacional do Livro e do Material Didático (PNLD) é uma relevante política do Ministério da Educação, com mais de 85 anos de existência e adesão de mais de 95% das redes de ensino do Brasil. A permanência no programa é voluntária, de acordo com a legislação, em atendimento a um dos princípios basilares do PNLD, que é o respeito à autonomia das redes e escolas.

 

A aquisição das obras se dá por meio de um chamamento público, de forma isonômica e transparente. Essas obras são avaliadas por professores, mestres e doutores, que tenham se inscrito no banco de avaliadores do MEC. Os livros aprovados passam a compor um catálogo no qual as escolas podem escolher, de forma democrática, os materiais que mais se adequam à sua realidade pedagógica, tendo como diretriz o respeito ao pluralismo de concepções pedagógicas”.

 

Legenda:

 

Vereador Ary se indignou com o conteúdo do livro que foi encaminhado pelo MEC às escolas

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