Cliente é furtada e seguro se recusa a pagar indenização

 

 

MARCOS FIDELIS

Soraia Hadad Esteves, residente em São Bernardo, viu-se envolvida em uma batalha legal complexa após o furto de seu veículo e a falta de respostas adequadas por parte da associação de proteção veicular contratada. O caso, que envolve a empresa Clube Mundial Associação de Proteção Veicular, ganhou destaque após Soraia mover uma ação judicial em busca de ressarcimento.

O incidente ocorreu em 8 de maio de 2023, quando o veículo Fiat Mobi Like de propriedade de Soraia foi furtado enquanto estava estacionado na Rua Leão XIII, em São Bernardo. Após o ocorrido, Soraia e seu esposo, Daniel Reboredo Esteves, registraram um Boletim de Ocorrência no 2º Distrito Policial da região e entraram em contato com a Clube Mundial para acionar o seguro contratado.

Resposta

Entretanto, a resposta da associação foi longe do esperado. Após 30 dias do sinistro, a empresa informou que uma sindicância seria aberta para investigar o caso, com um prazo de 90 dias úteis para conclusão. No entanto, ao final deste período, nenhum posicionamento ou indenização foi fornecida a Soraia.

Transparência

Diante da falta de transparência e das respostas evasivas por parte da associação, Soraia decidiu acionar a Justiça. Seu advogado, Dr. Marco Aurélio Sanches, argumenta que a empresa falhou em cumprir com suas obrigações contratuais, não justificou adequadamente a sindicância e não forneceu qualquer documentação que comprovasse suas alegações.

Além disso, Soraia alega ter sido bloqueada nas redes sociais pelos representantes legais da empresa após tentar entrar em contato para obter esclarecimentos, o que levantou suspeitas adicionais sobre a conduta da Clube Mundial.

Fraude

Em resposta, a empresa alega que Soraia cometeu fraude nos seguros, mas não apresentou evidências substanciais para apoiar essa acusação. A defesa da empresa, sem laudos ou vistorias que sustentem suas alegações, levanta dúvidas sobre a veracidade das acusações.

Justiça

Após um embate jurídico, Soraia conseguiu uma decisão favorável ao seu caso e a associação de proteção veicular deverá pagar o valor do carro para a cliente associada. Após quase um ano, a vítima de furto segue ainda sem data definida para pagamento de sua indenização.

Vítimas

Além do caso de Soraia, outras vítimas de suposta fraude por parte da Clube Mundial Associação de Proteção Veicular começam a emergir, aumentando a complexidade do escândalo. Mais de 20 pessoas relatam situações semelhantes à de Soraia, em que seus veículos foram furtados e a associação não cumpriu com suas obrigações contratuais.

Soraia, determinada a buscar justiça e alertar outros consumidores sobre os riscos envolvidos, tem se dedicado a expor seu caso nas redes sociais. Sua iniciativa tem ganhado apoio de outras vítimas, que também compartilham suas histórias e se unem em busca de soluções para os problemas enfrentados.

Através de grupos online e postagens nas redes sociais, Soraia e as demais vítimas têm compartilhado detalhes de suas experiências, expondo as práticas questionáveis da associação de proteção veicular e buscando orientação sobre como proceder legalmente diante da situação.

Esses relatos adicionais evidenciam um padrão de conduta por parte da Clube Mundial Associação de Proteção Veicular, levantando preocupações sobre a integridade e confiabilidade da empresa.

Outro lado

Procurada pelo REPÓRTER, a empresa, através de seu representante Lucio Ayres, afirmou que o caso está no “corpo jurídico e com a presidência” e que “possivelmente” há uma resposta positiva à cliente, sem detalhar qual seria a resolução.

Guilherme Lima, presidente da companhia, retornou o contato e afirmou que o pagamento da indenização será realizado, diante da decisão judicial. “Estamos seguindo todos os pontos jurídicos, dentro do prazo e vamos cumprir o que o juiz determinou. Estive em contato durante a tarde de ontem (terça-feira – 20), com a Soraia e seu marido, inclusive apontei que podemos adiantar o pagamento para o dia 26, desde que cumprido todos os pontos da sentença”, finalizou Lima sem explicar quais condicionantes apontados como “cumprimento de sentença” para o pagamento.