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Em meio à crise financeira, Diadema traz Alceu Valença e desembolsa R$ 200.000,00

Filippi pagou R$ 65 mil a mais na contratação do cantor pernambucano, comparado ao show em S. Caetano

 

 

MARCOS FIDELIS

O Carnaval deste ano na cidade de Diadema se tornou alvo de controvérsias devido aos gastos elevados e críticas à organização do evento. O prefeito José de Filippi Jr. – PT, investiu cerca de R$ 600.000,00 para promover o Carnaval fim de semana (3 e 4) na Praça da Moça.

 

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Apesar do alto investimento, o evento teve apenas dois dias de duração e gerou questionamentos devido aos valores destinados às atrações. O cantor nordestino Alceu Valença, a principal atração, recebeu um cachê de R$ 200.000,00, conforme contrato firmado com a MV Produções Artísticas e disponível no Portal da Transparência. Alceu havia se apresentado em São Paulo, durante seu bloco carnavalesco no dia anterior.

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O cantor, que já havia sido contratado pela prefeitura de São Paulo para se apresentar na Virada Cultural de 2023 por R$ 180.000,00, e em São Caetano, durante a festa Entoada Nordestina de 2022, por R$ 135.000,00, teve seu cachê na cidade de Diadema como um dos pontos de polêmica nas redes sociais.

 

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Vai Vai

Além do cachê elevado do cantor, a Escola de Samba Vai Vai também recebeu uma quantia considerável, totalizando R$ 40.000,00. As críticas à gestão do Carnaval de Diadema se intensificaram com as declarações do carnavalesco Wiliam Rocha, que participou da apresentação das escolas de samba da cidade na Praça da Moça no sábado (3).

Rocha aproveitou o momento no microfone para criticar a organização do evento, ressaltando a falta de divulgação das apresentações das escolas de samba de Diadema em comparação às atrações da Escola de Samba Vai Vai e do cantor Alceu Valença. O músico também apontou a falta de infraestrutura para receber os integrantes das escolas da cidade.

Apesar de tentativas de impedir que Rocha falasse sobre a situação, ele persistiu, declarando: “Eu vou falar sim, estou com o microfone na mão e vou falar”. Posteriormente, dirigiu-se ao secretário de Cultura, Camilo Vannuchi, que estava presente, e enviou um recado direto: “Senhor secretário, no próximo ano, cuide das escolas de Diadema”.

Crise

Essa situação ocorre em um contexto em que a cidade enfrenta uma crise financeira, frequentemente retratada por reclamações dos moradores e fornecedores da Prefeitura em relação aos serviços públicos e atrasos de pagamentos.

Outro lado

Em nota, a gestão Filippi afirmou que “além de fomentar o acesso à cultura, o Carnaval Diadema também impulsionou a economia local ao proporcionar a participação de 18 barracas de empreendedores do município e instituições sociais, gerando renda e empregos. Durante o Festival de Natal, os empreendedores que atuaram nos shows arrecadaram mais de R$ 240 mil”.

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