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Promessas esquecidas e de outros carnavais

 

Faltando poucos dias para o início da folia, a empolgação já toma conta das ruas dos principais centros urbanos de todo o  país, incluindo blocos que movimentam as cidades brasileiras, arrastando multidões. Existe até uma ideia, que obviamente não é consenso, de que o ano começa efetivamente depois do Carnaval.
Um ano que será marcado sobretudo pelas disputas eleitorais, nos mais de 5 mil municípios que compõem esta grande nação. Mas se o ano começa após o Carnaval (ao menos na teoria), é importante traçarmos um paralelo entre a vibrante folia e… As eleições!
‘’Se você fosse sincera… Ôôôô, Aurora. Veja só que bom que era… Ôôôô, Aurora’’. O refrão desta célebre marchinha, sendo uma das mais populares do Carnaval brasileiro, faz sentido quando estabelecemos um comparativo com o sentimento de uma grande parcela da população, que espera que os postulantes a cargos públicos, sejam sinceros. Aqui, se descarta a Aurora da marchinha, que desperdiçou todo o amor depositado pelo protagonista (exatamente por não ser sincera o sufi ciente na visão do autor), e a substitui por dententores de cargos públicos, que antes de serem eleitos e empossados para seus cargos, fazem todo o tipo de promessa. As promessas esquecidas por eles e de tantos carnavais. Inclusive, esperar que outra pessoa seja sincera conosco, é algo absolutamnete natural. Ao ouvirmos ‘juras de amor’, é provável acreditarmos. E ao ouvir promessas, às vezes um tanto difícil de serem cumpridas, a população acaba acreditando, não apenas se convencendo do que ouviu, mas votando e elegendo representantes por meio do sufrágio.
Com a proximidade de mais um processo eleitoral, é imprescindível que cidadãos e eleitores não se deixem iludir por promessas mirabolantes. Basta analisarem se há propostas exequíveis para questões básicas, como um simples medicamento disponibilizado em uma unidade de saúde, e um clínico geral realizando atendimentos na mesma unidade. Uma rua saneada e pavimentada…
Apenas exemplos de que nem o básico determinados administradores públicos conseguem executar, seja por má-fé ou simplesmente por incapacidade gestora. No entanto, que no embalo do samba e das marchinhas, os foliões não se esqueçam que os jurados dessa apuração cotidiana no enredo da vida, são eles próprios.
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