PIX bate recorde com R$ 17,18 trilhões em transações e se consolida como principal meio de pagamento no Brasil
Número de relacionamentos bancários ativos sobe, enquanto quantidade de dinheiro em circulação tem recuo
MARCOS FIDELIS
O Banco Central divulgou dados impressionantes sobre as transações realizadas por meio do PIX no ano passado, consolidando-o como o principal meio de pagamento no Brasil. Segundo informações do órgão, as transferências de recursos e os pagamentos em tempo real somaram incríveis R$ 17,18 trilhões em 2023, marcando um aumento de 57,8% em comparação com 2022, quando as movimentações totalizaram R$ 10,89 trilhões. Esses números representam mais que o triplo do volume de 2021, quando as transações somaram R$ 5,21 trilhões.
O PIX, sistema de transferência de recursos em tempo real lançado pelo Banco Central em dezembro de 2020, rapidamente conquistou a preferência da população brasileira. Em 2022, consolidou-se como o principal instrumento do mercado, representando 29% de todas as transações, superando o tradicional cartão de crédito.
A ascensão do PIX também trouxe mudanças significativas no cenário bancário. O aumento nas transações via PIX coincidiu com uma elevação no número de relacionamentos bancários ativos. No entanto, curiosamente, a quantidade de dinheiro em circulação teve um recuo, indicando uma mudança nos padrões de uso do dinheiro físico em favor dos meios eletrônicos.
A Federação Brasileira de Bancos, acompanhando essa tendência, anunciou o encerramento das transferências via DOC – Documento de Ordem de Crédito em meados de janeiro deste ano. A medida evidencia a transição do mercado financeiro brasileiro para sistemas mais eficientes e rápidos, como o PIX.