A Linha 20-Rosa, projeto que visa conectar a região de Santa Marina, na Capital Paulista, até Santo André, avançou significativamente ao atingir a etapa de anteprojeto de engenharia. Nesta fase crucial, a atenção se volta à determinação do traçado do novo ramal, uma peça fundamental para o sucesso do empreendimento e para otimizar a mobilidade urbana na região metropolitana.
Traçado
A jornada para definir o traçado da Linha 20-Rosa começou com a obtenção da Alternativa R (Referência), uma proposta baseada no traçado diretriz elaborado anos antes. Essa fase inicial visou a revisão e aprimoramento do traçado, considerando melhorias no atendimento às regiões com maior potencial. Aspectos como a quantidade de passageiros atendidos e facilidades de integração foram ponderados.
Além disso, o traçado levou em consideração a passagem sob todas as linhas que serão integradas, à exceção da Linha 6-Laranja, cujos túneis serão construídos sobre os existentes. Um ponto crucial nessa fase é a busca pela menor profundidade possível nas estações, priorizando a comodidade e eficiência para os passageiros.
Alternativas
Diante da Alternativa R delineada, o Metrô adotou uma abordagem estratégica ao trabalhar com outras seis opções de traçado, divididas em cinco setores. Isso possibilitou avaliar áreas próximas com potencial de receber estações da Linha 20-Rosa, considerando as peculiaridades de cada região.
- Alternativa A: Direcionada à porção norte da Linha 20-Rosa, conectando Santa Marina, Água Branca e integrando com as Linhas 6-Laranja, 7-Rubi e 8-Diamante. Inclui também Tito e Aurélia, modificando o trecho da Linha 2-Verde.
- Alternativa B1: Focada na porção norte, parte de Girassol, atende Teodoro Sampaio e Fradique Coutinho, integrando-se com a Linha 4-Amarela e retomando o traçado R em Tabapuã.
- Alternativa B2: Atende a região norte, conectando Girassol, Teodoro Sampaio, Fradique Coutinho (Linha 4-Amarela), Nove de Julho, Juscelino Kubitschek e Afonso Brás, seguindo o traçado R a partir de Moema.
- Alternativa C: Voltada para a região central, parte de Tabapuã, atendendo Quatá, Alvorada, Eucaliptos (integrando com a Linha 5-Lilás), Moreira Guimarães e retomando o traçado R em Indianópolis.
- Alternativa D: Direcionada à porção sul, parte de Rubem Berta, atendendo Indianópolis, Saúde (integrando com a Linha 1-Azul), Abraão de Morais e retomando o traçado R na estação Cursino. Destaque para o atendimento a equipamentos de ensino na região da estação Saúde.
- Alternativa E: Atende a porção sul, partindo de Afonsina e atendendo Palmares, Campestre e Prefeito Saladino (integrando com a Linha 10-Turquesa).
Resultado
O traçado final da Linha 20-Rosa resulta da combinação dos traçados de Referência, Alternativa B1 e Alternativa D. Essa configuração não apenas busca a eficiência no transporte, mas também visa atender às diversas necessidades das regiões conectadas pela linha.
As principais funcionalidades da Linha 20-Rosa, de acordo com o EIA/RIMA, incluem a conexão de linhas radiais com os corredores de transporte nas regiões oeste, sudoeste e sul da região metropolitana. Além disso, há a interligação de centralidades importantes como Lapa, Pinheiros, Itaim Bibi, Vila Olímpia, Moema, Saúde, Cursino, Rudge Ramos e Santo André.
Integração
O resultado final da Linha 20-Rosa proporciona uma integração gratuita com 10 linhas, conectando estrategicamente diferentes pontos da região metropolitana. Algumas dessas integrações incluem a Linha 6-Laranja na Estação Santa Marina, Linhas 7-Rubi e 8-Diamante na Estação Lapa, Linha 2-Verde na Estação Cerro Corá, Linha 22-Marrom na Estação Teodoro Sampaio, Linha 4-Amarela na Estação Fradique Coutinho, Linha 19-Celeste na Estação Tabapuã, Linha 5-Lilás na Estação Eucaliptos, Linha 1-Azul na Estação Saúde, BRT ABC na Estação Afonsina (integração paga), e Linha 10-Turquesa e Corredor ABD (integração paga) na Estação Santo André.
