Um megaestudo realizado por cientistas da Universidade de Montana, nos Estados Unidos, revisou pesquisas dos últimos 50 anos e apresentou evidências robustas sobre como a qualidade do sono está diretamente ligada ao funcionamento emocional, tendo implicações significativas para a saúde mental a longo prazo.
Os resultados da pesquisa indicam que a falta de sono está associada a uma diminuição nas emoções positivas, como alegria e contentamento, e a um aumento nos sintomas de ansiedade. Surpreendentemente, os efeitos negativos foram observados mesmo em situações de pequenas reduções no período de descanso, como dormir uma ou duas horas a menos do que o habitual.
O estudo abrangente analisou 154 artigos de 28 países, envolvendo 5.715 participantes. Os pesquisadores investigaram vários tipos de privação de sono, incluindo a privação aguda (períodos prolongados sem dormir), a privação crônica (dormir menos horas do que o habitual) e o sono fragmentado (interrupções frequentes durante o sono).
Para avaliar o impacto emocional, foram utilizados questionários com respostas a estímulos emocionais e testes para medir sintomas de ansiedade e depressão. Todos os dados foram comparados a um grupo controle.