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Marcelo Oliveira articula reprovação das contas de Átila na Câmara de Mauá

Presidente da Câmara Municipal recebeu apoio técnico do secretário Jurídico da Prefeitura de Mauá

Marcos Fidelis

Faltando dez meses para as eleições de 2024, ninguém tem dúvida que o famoso “vale tudo”, é aplicado diariamente, pois muitos políticos ainda sustentam que na política “só não vale perder”.

 

Essa situação é clara na movimentação do prefeito de Mauá Marcelo Oliveira, que tem péssimo resultado de avaliação nas pesquisas eleitorais e busca formas no mínimo imorais para derrubar seu adversário direto.
O conluio na Câmara Municipal de Mauá, na semana passada (5), para rejeitar as contas relativas ao exercício de 2019, do ex-prefeito e atual deputado Átila Jacomussi – Solidariedade, desencadeou uma série de polêmicas e questionamentos sobre a possibilidade de interferência direta do alcaide, no legislativo local.

 

As contas, que haviam recebido parecer favorável da Comissão de Finanças da Casa há três meses, foram alvo de uma votação que dividiu opiniões e gerou tensões entre a prefeitura e o legislativo. Opositores a Marcelo Oliveira alegam que a ação resultou em um estremecimento nas relações do chefe do Executivo com o Legislativo, culminando na exoneração de comissionados ligados a vereadores na Administração Municipal.

 

No meu entendimento, o simples fato de um representante do Departamento Jurídico da Prefeitura estar na mesa, atuando em nome do Legislativo e orientando o presidente durante todo o tempo, sugere uma interferência clara no Poder Legislativo”, disse o vereador Mazinho – Patriota, em relação a presença do Dr. Matheus Martins Sant´Anna.

Influência

 

Para Mazinho, a decisão foi política. “O Legislativo possui seu próprio departamento jurídico e não deveria depender do suporte jurídico da Prefeitura. Ficou evidente a presença do Dr. Mateus no plenário, ao lado do presidente da Câmara, oferecendo orientações. Essa situação, na minha visão, não é técnica, mas sim política”, completa o patriota.

 

O líder do governo, também não escapou das críticas de Mazinho: “Mesmo o líder do governo, Júnior Getúlio (PT), que afirmou que votaria pelo parecer do Tribunal por ser uma questão técnica, em 2021 votou a favor das contas do ex-prefeito Donisete Braga, contrariando o parecer Tribunal de Contas que rejeitava as contas”.

Conversas

 

Em meio às discussões, uma captura de tela de uma suposta conversa com o vereador Irmão Ozelito – Podemos, circula nos bastidores. A mensagem diz: “Boa noite, conversei com o Prefeito, ele não permitiu. Desculpe, mas não posso me complicar.” Interpelado sobre o assunto, o vereador declarou: “Preferi acompanhar o parecer do Tribunal de Contas. Essa votação é independente”, e sobre a captura de tela, acrescentou: “Esse print está fora do contexto, não me lembro (do que se trata)”.

Eleições 2024

 

Atila Jacomussi lidera as intenções de voto para Prefeitura de Mauá, em levantamento do Instituto Paraná Pesquisas, publicado pelo REPÓRTER.

 

O deputado e ex-prefeito de Mauá, apresenta 38,1% das intenções de voto, tendo mais do dobro das intenções de voto do atual prefeito, Marcelo Oliveira, que apresenta 19,1%, no cenário estimulado que inclui nomes que já comentaram sobre o desejo de estar nas urnas no ano que vem. Para Mazinho, “quem deveria retirar Átila da disputa seria o povo e não o governo do prefeito Marcelo Oliveira”.

Pressão

 

“Fico triste porque, em vez de ele (Marcelo) tentar melhorar sua gestão e o governo, ele prefere espalhar a maldade por meio de um gabinete do ódio montado na Prefeitura. E, sobre os vereadores, a Comissão de Finanças da Câmara foi clara em avaliar que não havia falha nas minhas contas”, afirmou Átila.

 

Até o fechamento desta edição, a Câmara Municipal e a Prefeitura de Mauá não responderam os questionamentos do REPÓRTER.

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