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Caos na Saúde: Filippi é criticado por abandono do Hospital Piraporinha

 

O cenário de precariedade na  tem gerado crescentes críticas por parte dos moradores. O REPÓRTER recebeu relatos alarmantes, como o caso de um jovem atropelado na Avenida Lico Maia, bairro Serraria, que aguarda há quinze dias por uma intervenção cirúrgica em seu pé. Fotos mostram o paciente abandonado no corredor do Hospital Municipal de Diadema, o Hospital Piraporinha.

“Estamos vivendo um caos na saúde. O paciente fica sem dignidade, e a falta de estrutura do hospital é clara”, denuncia um morador enquanto aguarda atendimento, que preferiu não se identificar.

As denúncias recebidas pelo REPÓRTER revelam que a situação se estende a outros pacientes internados, que enfrentam dificuldades básicas. A falta de estrutura e manutenção dos equipamentos também é uma fonte constante de reclamações.

Elevadores

No último mês, o Hospital Municipal enfrentou um episódio alarmante com a quebra de um dos elevadores. O único equipamento funcional passou a ser utilizado para diversas finalidades, incluindo o transporte de corpos, lixo, roupas sujas, além de funcionários, medicamentos e alimentos para os pacientes internados. O caso foi levado ao Ministério Público.

Medicamentos

A administração de Zé Antônio na Pasta da Saúde também enfrenta críticas quanto à falta de medicamentos e insumos básicos nas UBSs – Unidades Básicas de Saúde. Pacientes como Eliane Carla, que retira mensalmente insumos para diabetes, expressam sua frustração: “Fui até a UBS Canhema, e a fitinha do medidor estava em falta. Sem ela, não consigo acompanhar diariamente minha situação.”

Longa espera

Outros pacientes alertam para a demora no agendamento de consultas, como Altair Lima, na UBS ABC, que revela ter descoberto que só terá um atendimento com o clínico geral após quatro meses.

Promessa

O prefeito Filippi anunciou em 2021 a compra do prédio da antiga concessionária Viamar para instalar uma nova unidade de primeiro atendimento. No entanto, a promessa não foi cumprida, e Diadema, às vésperas dos 64 anos, continua sem novo hospital e enfrentando desafios críticos na área da saúde.

Contrato

O contrato de gestão da saúde com a SPDM – Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina foi renovado recentemente por 48 meses, representando um investimento de R$ 238,1 milhões por parte da administração diademense. A parceria entre a SPDM e a prefeitura, iniciada em 2002, foi objeto de questionamentos pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) entre 2020 e 2021, levando à realização de uma licitação para regularizar o serviço.

O REPÓRTER tem levantado repetidamente preocupações sobre a relação entre a Prefeitura de Diadema e a SPDM, enquanto vereadores buscam melhorias no atendimento, indo até o Ministério Público em busca de soluções. O município segue na UTI, e a população exige respostas sobre a qualidade dos serviços prestados na área da saúde.

 

Em nota, a Prefeitura de Diadema afirmou que “o Hospital Municipal é um hospital de porta-aberta, ou seja, atende a todos que o procuram o serviço. Quando há aumento de demanda, os pacientes podem ficar alocados, provisoriamente, no corredor até liberação de leitos para internação ou transferência, sob supervisão e cuidado da equipe médica.

Além disso, o Hospital passa por adequações para melhorar a estrutura para atendimento da população até a construção do novo prédio do Hospital Municipal. Atualmente, as obras ocorrem na recepção. A Prefeitura ainda vem trabalhando na reestruturação da rede de urgência e emergência com a implantação de três novas UPAs”, conclui.

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