Em assembleia realizada na manhã de hoje (8), trabalhadores da GM – General Motors São Caetano, votaram a favor da proposta negociada pelo sindicato que pôs fim a uma greve que se estendeu por 16 dias. O movimento grevista, iniciado em 23 de outubro, teve como objetivo principal a reintegração de 300 empregados demitidos pela empresa por meio de telegrama, desrespeitando o Parecer (Tema 638) do STF – Supremo Tribunal Federal, sobre demissões em massa, que exige negociações com os sindicatos.
A ação coordenada dos trabalhadores foi considerada vitoriosa por Aparecido Inácio da Silva, o Cidão, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Caetano. Ele enfatizou a importância da união dos trabalhadores para alcançar esse resultado, destacando que a greve foi histórica e decisiva para garantir a reintegração dos empregados demitidos.
De acordo com os termos acordados, os principais pontos são os seguintes:
- Reintegração de todos os 300 empregados demitidos, com a empresa adotando medidas para garantir a transição desses trabalhadores de volta ao ambiente de trabalho, incluindo licença remunerada até o encerramento do processo negocial.
- Pagamento dos dias parados em 10 de novembro, referente aos sete dias de outubro, em forma de adiantamento eventual, com os demais dias de novembro sendo pagos na folha de dezembro.
- A compensação dos dias parados será objeto de negociação, uma vez que a greve ainda está para ser julgada pela justiça do Trabalho.
- A estabilidade no emprego na unidade da empresa em São Caetano do Sul está pendente de julgamento em relação ao lay-off, uma demanda específica dos trabalhadores de São José dos Campos e Mogi das Cruzes.
- Serão estabelecidas negociações para a criação de um programa de demissão voluntária (PDV) aberto a todos os empregados da empresa que desejarem participar.
“Não há dúvida que foi um ato heroico dos trabalhadores, após 16 dias de greve frente a uma ação arbitrária e unilateral por parte da empresa”, afirmou Cidão.
