A demanda de atendimento atrelada à velhice, em tempos modernos, vem se tornando uma questão de ordem pública, cabe ao município suprir essa demanda, principalmente, daqueles que não podem pagar.
A população esta envelhecendo, isso por sinal, não é nenhuma novidade, assim como é do conhecimento de todos que São Caetano apresenta a maior população de idosos da região.
O envelhecimento populacional não deixa de ser uma vitória, porém o envelhecimento traz consigo demandas de cuidado, cuidados que antigamente eram prestados pela família, principalmente das filhas.
Hoje vivemos uma nova realidade, as famílias não são mais numerosas, pelo contrario, são nucleares, muitas vezes encontramos famílias constituídas apenas pelo casal, onde um idoso cuida do outro idoso.
Ai entra a importância das Instituições de Longa Permanência, contudo a maioria delas é privada, em 2014 no município de São Paulo das 381 ILPI cadastradas, 86,6% eram privadas, 10,6% filantrópicas e apenas 2,8% eram públicas.
Portanto ILPI públicas são necessárias e a questão é saber como o poder público e sociedade vem lidando com essa realidade, o que esta sendo feito ou pensado para os idosos.
O Conselho Municipal do Idoso (CMI) pode contribuir muito, afinal tratar-se de um órgão consultivo e deliberativo, que precisa fazer bom uso das suas prerrogativas de interlocução junto ao poder público e deliberar a criação de uma ILPI pública para atender os idosos que não tem condições de custear uma internação.
Lembrando que o déficit de vagas públicas dificulta as ações da vigilância sanitária, especialmente no caso de uma instituição precisar ser interditada.
Não é utopia sonhar com idosos, que tanto contribuíram para a sociedade, serem cuidados de forma responsável, humanizada e com recursos adequados e suficientes, com respeito à condição funcional e cognitiva de cada um desses idosos.