A Copa, organizada pela Prefeitura de Diadema, reúne anualmente equipes vinculadas a bairros, escolas, empresas e comércios. Um desses times, o American Soccer Team, campeão da edição deste ano da Copa entre os homens, além de juntar amigos para jogar aos fins de semana, desenvolve amplo trabalho formando atletas desde as categorias de base.
É o que informa Bruno Ferreira Lucas, presidente e técnico do clube, criado há pouco tempo, em 2017, mas que já apresenta bons resultados. “Após quase 7 anos de trabalho, estamos colhendo os frutos, não só os títulos alcançados, mas principalmente as vidas transformadas, como a do atleta Rafael Almeida Santos, que hoje joga pelo Joaçaba, de Santa Catarina, Gabriel Martins Silva, que está no Santo André, Jonathan Queiroz de Oliveira, no São Bernardo, entre outros atletas que estão nas categorias de base de diversos clubes”, explica.
Para Bruno, aliás, a Copa é uma ótima oportunidade para os times de bairro, não profissionais. “Achei a Copa muito bem organizada. É positiva sua realização, para que todos possam disputar competições, vivenciar o esporte. Além de fomentar o futsal em Diadema, as famílias estão presentes nos jogos.”
Jogo até machucada – Já na Favela da Torre, do Jardim Canhema, equipe campeã da Copa entre as mulheres, a palavra de ordem é ‘superação’, como ilustra a história contada por Sidcleiton dos Santos, o ‘Queto’, presidente e fundador da Associação Favela da Torre. “Na final da Copa, nossa camisa 10, Joyce Alves, estava machucada, não tinha condições de jogo. Mas quando chegou lá e viu a arquibancada não resistiu. Tivemos que ir na farmácia comprar uma pomada e uma das atletas fez massagem para amenizar a dor. Ela jogou mancando e fez o gol que virou o placar. Após o partida, ela teve que ficar duas semanas sem jogar só tratando essa lesão.”
Para Queto, a Copa é feita dessas histórias de superação e de muita vontade de jogar futsal e ser vencedor. “Cada atleta tem uma profissão diferente, mas tentamos conciliar para conseguir treinar, jogar, estudar e trabalhar. Essa Copa foi pura superação, fomos em todos os jogos com cinco ou seis atletas, sem banco de reserva, somente na final conseguimos ir praticamente o elenco todo”, explica.
Luciana Avelino, secretária de Esporte e Lazer de Diadema, afirma que as histórias de superação confirmam a importância da Copa na promoção do esporte e como mais uma opção de lazer para os moradores da cidade. “A competição valoriza esses times, que apresentam grande qualidade técnica, mas que também ajudam a criar um sentimento de pertencimento dentro das comunidades onde estão inseridos. Acaba sendo uma grande festa e um momento valoroso de lazer participar da Copa e torcer, toda semana, para a sua agremiação de coração”, afirma.
