Servidores denunciam descaso de Marcelo Oliveira com a Educação ao Ministério Público
Trabalhadores da rede municipal de ensino se mobilizam para alertar problemas de superlotação de salas, falta de profissionais e assédio moral
MARCOS FIDELIS
Em uma assembleia realizada na sede do Sindserv – Sindicato dos Servidores e Funcionários Públicos de Mauá, na quarta-feira (30), profissionais da Educação da rede municipal decidiram tomar medidas drásticas em resposta ao descaso do prefeito de Mauá, Marcelo Oliveira – PT, em relação a problemas críticos nas escolas municipais. Entre os principais problemas destacados estão a superlotação das salas de aula, a falta de profissionais e o total desinteresse pelas condições de trabalho.
Superlotação
Os educadores relatam que nas escolas municipais de Mauá há um número excessivo de liminares concedidas pela Justiça para garantir a matrícula de alunos, o que tem levado à superlotação das salas de aula. Muitas delas já não comportam o número de alunos presentes. Além disso, há uma carência de auxiliares e profissionais eventuais para atender à crescente demanda e às ausências.
Assédio Moral
Os profissionais também denunciaram episódios de prática de assédio moral contra servidores em estágio probatório. Apesar dos alertas do Sindserv desde 2021, a gestão municipal não tomou medidas efetivas para resolver esses problemas. A administração limitou-se a mencionar a convocação de concursados e reformas escolares, mas não abordou a criação de novas salas de aula, e muitos dos convocados acabaram sendo exonerados ou sequer foram admitidos.
Ministério Público
Diante da falta de ação por parte da Prefeitura, o Sindserv decidiu encaminhar uma denúncia ao Ministério Público do Estado de São Paulo, com cópia para a Secretaria de Educação, a fim de apurar possível negligência e solicitar medidas emergenciais para evitar a paralisação das aulas e a interrupção dos serviços prestados à comunidade.
Procurada, a Prefeitura de Mauá não se manifestou sobre o caso.
