No desdobramento de um caso que chocou a região do ABC em janeiro de 2020, os réus Juliano Oliveira Ramos Júnior e Jonathan Fagundes Ramos surpreenderam a todos ao confessarem os terríveis crimes durante o julgamento ontem (21) no Fórum de Santo André.
Os irmãos, acusados de roubo, homicídio qualificado, ocultação de cadáver e associação criminosa, admitiram perante o júri popular que invadiram a residência da família Gonçalves na fatídica noite. Portando um simulacro de arma, eles buscavam dinheiro, mas ao não encontrar o que procuravam, concordaram em executar um plano macabro que foi sugerido pela filha do casal, Anaflavia Gonçalves.
Anaflavia, juntamente com outros três réus, já havia sido condenada em junho deste ano a penas que totalizam mais de 192 anos de prisão, em um julgamento que se desenrolou de forma tensa. A confissão dos irmãos Ramos marca uma reviravolta notável em relação ao discurso anterior, no qual eles negavam qualquer envolvimento no crime e apontavam a prima e então namorada de Anaflávia, Carina, como a responsável pelos assassinatos.
O Ministério Público formulou acusações graves contra os irmãos Ramos e seus cúmplices, incluindo homicídio doloso qualificado, alegando motivos torpes, uso de meio cruel e recurso que dificultou as defesas das vítimas, além das acusações de roubo e associação criminosa.
As vítimas desses atos bárbaros foram o casal de empresários Romuyuki Veras Gonçalves, de 43 anos, e Flaviana de Meneses Gonçalves, de 40 anos, juntamente com o filho do casal, o estudante Juan Victor Gonçalves, de apenas 15 anos. A crueldade desses crimes ecoou por toda a comunidade local e teve um impacto duradouro nas mentes das pessoas.
Agora, caberá ao juiz Lucas Tambor Bueno determinar a sentença dos réus após a conclusão do julgamento pelo júri popular.
