O histórico e atuante Sindicato dos Metalúrgicos de São Caetano do Sul, fundado em 1957, sempre foi um pilar essencial no desenvolvimento econômico e social da região do ABC e do Brasil, representando com destemor e firmeza os interesses da categoria. Em entrevista ao podcast “Sindicalismo & Cidadania”, Cidão do Sindicato, figura proeminente na história do sindicato, compartilhou detalhes sobre sua trajetória no movimento sindical e sua dedicação em defesa dos direitos dos trabalhadores.
GM
Cidão começou sua jornada no sindicalismo de maneira inusitada. Enquanto trabalhava na parte burocrática da empresa General Motors, ele decidiu estudar química no Colégio Pentágono. Foi durante as aulas de legislação trabalhista que ele começou a perceber injustiças cometidas contra os trabalhadores, como descontos indevidos e abusos de poder. Foi nesse momento que Cidão sentiu uma atração pela luta sindical e pela resolução dessas questões.
Sua dedicação e compromisso com a causa sindical o levaram a participar ativamente de greves e mobilizações, como a greve dos petroleiros em 1978 e 1979. Seu envolvimento chamou a atenção dos líderes sindicais da época, e Cidão foi convidado a fazer parte da diretoria do Sindicato dos Metalúrgicos de São Caetano do Sul.
“O atual presidente naquela oportunidade era o João Lins e me convidou pra fazer parte da diretoria até pelo meu conhecimento com relação ao time de dentro da GM. Aí começou toda a minha vida, a minha trajetória”, disse Cidão sobre sua entrada na diretoria do sindicato.
Ascenção
A trajetória de Cidão foi marcada por um rápido ascenso. Ele assumiu a posição de segundo secretário e, após um conflito interno na diretoria, foi promovido a primeiro secretário. Sua influência e habilidades de liderança logo o colocaram no centro das decisões sindicais.
Essa habilidade de articulação política e sua dedicação à causa sindical se mostraram fundamentais. Cidão do Sindicato foi eleito presidente em 1988, enfrentando um cenário desafiador e conflitos internos.
