O Brasil sem dúvida é o país da jabuticaba, senão vejamos, somos um dos poucos países com um sistema de saúde pública universal, porém, os gastos privados em saúde são maiores que os do serviço público, onde os servidores do SUS, também possuem planos privados de saúde.
Mesmo o Sistema Único de Saúde atendendo toda a população, sem nenhuma discriminação, inclusive os que possuem planos de saúde, ainda é possível abater do imposto de renda os gastos com planos de saúde, lembrando que o imposto de renda faz parte do financiamento do SUS, isso resulta em menos verbas para financiar o sistema.
Isso é injusto, mesmo porque o SUS esta presente na vida de todos os brasileiros, seja na fiscalização sanitária, nas vacinas, nos medicamentos de alto custo, nos transplantes, durante a pandemia de Covid-19, foi o SUS que fez toda a diferença.
É preciso com urgência ampliar os gastos públicos federais na saúde a fim de desobrigar as famílias brasileiras a arcarem com a triplicidade de desembolsos para obter ações e serviços de saúde, desembolsos estes que ocorrem por meio do recolhimento de impostos, pagamentos de seguros de saúde e desembolso direto.
Com o envelhecimento da população o custo da saúde aumenta, a renda diminui e mais idosos deixam seus planos de saúde, e migram para o SUS, podemos utilizar como exemplo, São Caetano que conta com uma alta população de idosos, em dezembro de 2022 o número de moradores que possuíam plano de saúde era de 108.885, em março de 2023 esse número caiu para 103.088, isso representa 5.779 beneficiários a menos, que migrarão para o serviço público de saúde.
O financiamento do SUS é de responsabilidade federal, estadual e municipal, em particular os municípios por lei precisam arcar com o mínimo de 15% para financiar a saúde, mas hoje estão aplicando mais que o dobro, portanto, chegando ao seu limite.
Resumindo é preciso ampliar os investimentos federais na saúde, e melhorar a qualidade da assistência para padrões internacionais de excelência.