O governo federal deu início na segunda-feira (17) à primeira fase do programa Desenrola Brasil, com o objetivo de incentivar a renegociação de dívidas, um problema que afeta cerca de 71,9 milhões de brasileiros, de acordo com a avaliadora de crédito Serasa.
Nessa primeira etapa, o programa abrange aqueles que possuem débitos com bancos e renda mensal bruta de até R$ 20 mil. Cabe a cada banco decidir se deseja participar da iniciativa. Em setembro, está previsto o lançamento da segunda e mais importante fase do programa, voltada para pessoas com renda de até dois salários mínimos (R$ 2.640) ou que estejam inscritas no Cadastro Único (CadÚnico), o qual abrange beneficiários do Bolsa Família e outros programas sociais.
O deputado federal Vicentinho – PT, compartilhou sua visão sobre o programa Desenrola Brasil. Ele enfatizou as questões estruturais que levam as pessoas a se endividarem e destacou o papel das instituições financeiras nesse contexto.
Dívidas
“Porque é que o povo cai nessas dívidas? Porque ganham pouco e precisam de mais. Essa é uma questão que sempre me chamou a atenção. Essa história de crédito facilitado com cartão de crédito, por exemplo, é uma armadilha. Como é que o pobre vai pagar uma dívida em atraso com tamanho juros?”, ressaltou o deputado.
Educação Financeira
“Essa situação toda pode se reverter num caminho bom para o futuro. Afinal de contas, juros e essas coisas não geram riqueza, não é dinheiro real, é apenas número sobre número. Nós vamos ter um alívio grande para a retomada. Evidentemente que eu desejo que o governo inclusive apresente publicamente junto ao Ministério da Educação e outros ministérios, um programa de educação financeira”, acrescentou o deputado.
Além do programa Desenrola Brasil, Vicentinho defende a promoção da educação financeira como uma forma de evitar o endividamento excessivo da população, oferecendo conhecimento e orientações sobre como lidar de forma mais saudável com as finanças pessoais.