Marcelo Oliveira não responde requerimentos sobre superfaturamento na merenda escolar
Documentos revelam diferença de preços em itens comprados pela administração de Marcelo Oliveira
Simões acusa Marcelo Oliveira por desvio de mais de R$ 4 milhões na merenda escolar
Ao analisar os valores pagos pela Prefeitura de Mauá, o vereador Sargento Simões realizou uma comparação básica com os preços praticados por supermercados da região, constatando diferenças. Hoje, temos aqui um desvio de R$ 4 a 5 milhões por ano só na merenda da cidade”, afirmou Simões na sessão da Câmara na última terça-feira (13).
Os vereadores Sargento Simões – Avante e Mazinho – Patriota, denunciaram na tribuna da Câmara Municipal de Mauá, distorções na compra de merendas fornecidas pela gestão de Marcelo Oliveira – PT, nas escolas do município, que estão com valores acima dos praticados em estabelecimentos da cidade e decidiram questionar o petista através de requerimentos.
“Fizemos três requerimentos. Nenhum dos três foi respondido pelo prefeito. Cada hora ele dava uma ensaboada. Estou há mais ou menos seis meses querendo saber o preço. Temos uma equipe de profissionais competentes aqui no gabinete que, por meios próprios, foram até as secretarias competentes e conseguiram obter os preços. Hoje, temos aqui um desvio de R$ 4 a 5 milhões por ano só na merenda da cidade”, afirmou Simões na sessão da Câmara na última terça-feira (13).
Comerciante na cidade, Mazinho afirma que logística não pode justificar preços altos
Ao analisar os documentos obtidos, Sargento Simões realizou uma comparação básica com os preços praticados por supermercados da região, constatando diferenças nos valores pagos pela prefeitura.
“Por exemplo, peguei a almôndega. Vi o açougue da cidade, onde ela custa vinte e dois reais, vinte e cinco reais e vinte e nove e noventa e nove. A Prefeitura de Mauá compra onze toneladas por ano. Fazendo uma conta aproximada, ela paga R$ 37,50, enquanto um cidadão mauaense paga entre R$ 22 a R$ 27”, destaca o vereador.
Após as acusações feitas pelos vereadores em relação ao suposto superfaturamento, o vereador Junior Getulio – PT rebateu as alegações, justificando os valores com questões logísticas. “O Sargento Simões está imaginando que vai vir um caminhão aqui na Secretaria de Educação e vai colocar lá onze toneladas de almôndega dentro do prédio para ser dividida ao longo do ano letivo, não leva em conta a logística”.
Porém, a versão apresentada pelo petista foi contestada pelo vereador Mazinho – Patriota, que também é comerciante na cidade. Ele destacou a diferença de preços e afirmou: “Eu sou comerciante também, compro sempre carne e alimentos diversos. Tem uma distorção em relação ao preço, concordo nesse sentido. Mesmo considerando a logística, não justifica o valor de quase R$ 40. Entendo que não está justo.”
O REPÓRTER entrou em contato com a prefeitura de Mauá, porém, até o fechamento desta matéria, não obteve respostas aos questionamentos feitos.
