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Santo André inicia revitalização do Museu e da Casa da Palavra

Tombados, equipamentos históricos passarão por reforma para servir a cultura andreense

Mais dois símbolos da cultura de Santo André serão revitalizados. Nesta segunda-feira (17), foram assinadas as ordens de serviço para as reformas do Museu Dr. Octaviano Armando Gaiarsa e da Casa da Palavra Mário Quintana, ambas instalações que ficam na região central da cidade.

| Fotos: Eduardo Merlino e Helber Aggio

 

“Começamos a semana com mais dois símbolos da cidade que serão resgatados. Desde o início da gestão trabalhamos com essa ligação afetiva e histórica que o andreense tem com a preservação dos patrimônios do município. E tem muito a ver com o que a gente vem falando na comemoração dos 470 anos, de poder falar do futuro. Porque para traçarmos o futuro precisamos conhecer e respeitar o passado”, afirmou o prefeito Paulo Serra.

| Fotos: Eduardo Merlino e Helber Aggio

Em ambas as estruturas serão realizadas reformas gerais (pisos, cobertura, hidráulica, elétrica, pintura), implementação de acessibilidade, entre outros, com valor total de aproximadamente R$ 3,1 milhões. A Casa da Palavra ficará pronta no segundo semestre. O museu, por sua vez, será devolvido à população até o próximo aniversário da cidade, em abril de 2024.

“Os problemas (nos equipamentos) a gente conhece já há um certo tempo e em outras oportunidades não foi possível viabilizar estrutura e recursos necessários para fazer as obras. Mas hoje nós ficamos fica muito contentes que deu tudo certo e agora, com esses dois, vamos efetivamente revitalizar todos os equipamentos culturais da cidade”, disse o secretário de Infraestrutura e Serviços Urbanos, Vitor Mazzeti.

Até o fim deste ano também será entregue a modernização do Teatro Municipal. Desta maneira, com as revitalizações já realizadas no Cine Theatro de Variedades Carlos Gomes e no Teatro Conchita de Moraes, os cinco principais equipamentos culturais andreenses estarão devolvidos ao público reformados.

Tanto o Museu quanto a Casa da Palavra são equipamentos tombados pelo Comdephaapasa (Conselho Municipal de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arquitetônico, Urbanístico e Paisagístico de Santo André) desde 1992. Consequentemente, a reforma de ambos necessita seguir série de regras.

A gente não pode alterar nada que esteja tombado. Então, em um processo de reforma, existe orientação do pessoal de tombamento que nos norteia do que fazer e de que forma. Não posso chegar e colocar um ladrilho qualquer, uma telha qualquer”, explicou o diretor de Obras, Felix Beserra.

Programação – O prefeito Paulo Serra indicou durante a coletiva de imprensa que, após finalizada a reforma em ambos os espaços, os equipamentos deverão receber mais eventos e ser melhor aproveitados. Além disso, a secretária adjunta de Cultura, Azê Diniz, explicou que independentemente do fechamento provisório destes equipamentos para a revitalização, não haverá impacto na agenda cultural.

“As atividades da Casa da Palavra já estão sendo descentralizadas dentro de um projeto chamado Entrando no Compasso. Shows, atividades e saraus serão espalhados pela cidade toda em outros equipamentos. Em relação às atividades do Museu, a gente conta com exposições de rua e encontros temáticos que já aconteceram até no (Cine Theatro de Variedades) Carlos Gomes. Então, na medida do possível, pensamos em dar continuidade para que atividades e projetos desses equipamentos sejam conhecidos e reconhecidos na cidade toda”, disse a secretária adjunta de Cultura.

Histórico – Inaugurada em 1914, a edificação onde atualmente fica o Museu Dr. Octaviano Armando Gaiarsa inicialmente abrigava o grupo escolar da região do Grande ABC – faz parte de um conjunto de edificações escolares construídas pelo Governo do Estado de São Paulo na Primeira República (1889-1930). O projeto é de José Van Humbeck com a fachada de J.B Maroni.

Na década de 1970, entretanto, mais exatamente em 1978, os alunos foram transferidos para outro prédio. A partir de 1990, foi instalado o museu, que possui em seu acervo cerca de 70 mil itens relativos à memória de Santo André, apresentados em exposições e diversas outras atividades de difusão que retratam as transformações delineadas na cidade no decorrer do tempo, em seu aspecto urbano, social, econômico, político ou cultural.

A Casa da Palavra Mário Quintana, por sua vez, foi criada em 1992, e serve como palco para exposições e outras manifestações culturais. Foi construída nos anos 1920, quando serviu como residência para uma tradicional família andreense: Antonio Queirós dos Santos e sua esposa, Dona Paulina Isabel de Queirós.

Na década de 1930, porém, o imóvel foi alugado pela Prefeitura, que depois adquiriu o mesmo e destinou o espaço para diversos fins, como escola e pronto-socorro, servindo inclusive para abrigar o gabinete do prefeito, mantido no local até a inauguração do Centro Cívico (Praça IV Centenário), em 1968.

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