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Tintos e Tantos Outros

o sabor e o saber do vinho

Humberto Domingos Pastore

 

Humberto Domingos Pastore

Para estresse: Cheiro de mar. Para dor de amor: Voltar amar. Pro medo: Fé. Pra sede: Água. Pra tristeza: música. Pra barulho: meditar. Pra Tudo: Taça de vinho”
Autor Desconhecido

O antigo método de esmagar uvas na produção de vinhos

 

    Está curioso sobre a pisa de uvas para o vinho? A primeira coisa a saber é que durante o processo, os pisadores formam uma linha e avançam lentamente pelo lagar, pisando de modo sincronizado por aproximadamente duas horas. Para cada 750 quilos de uva, dois pisadores, ou seja, quatro pernas.

 

    As uvas costumam ser pisadas em tanques de granito, conhecidos como lagares. A primeira fase é conhecida como “corte”, que consiste em esmagar as uvas para separar o suco de suas peles. Nesta fase, os pisadores formam uma linha, ombro a ombro, e avançam lentamente, de maneira ritmada para garantir o esmagamento das uvas.

 

    Finalizada a etapa entra na fase denominada liberdade, com duração de umas três horas. Ali os pisadores se movem de forma livre ao redor do lagar, assegurando que as peles de uva sejam mantidas submersas sob a superfície do vinho. Durante o corte a ação é feita em silêncio, já na liberdade temos o acompanhar de uma música típica da outrora vindima.

 

    O trabalho costuma ser repetido no dia seguinte, com três horas de pisa e mais duas de descanso. Com o passar das horas, a fermentação tem início e o calor e o álcool produzidos começam a libertar cor, taninos e aromas das peles. A pisa a pé também pode ser complementada pelos “macacos”, êmbolos de madeira utilizados para empurrar as peles para baixo da superfície do mosto.

 

    O que falta contar é que a pisa a pé é um processo lento, dispendioso, minucioso e que, sem dúvida, vai deixar sua marca no vinho.

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