Oportuno o debate sobre a reindustrialização do Brasil vez que, ano após ano, o nosso parque industrial encolhe de modo significativo. A indústria de transformação que, segundo o IBGE, em 1995 representava 16,8%, do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, caiu para 11% em 2021.
Matéria de julho de 2022 publicada pelo Diário do Grande ABC, com base em pesquisa também do IBGE, revelou que entre 2011 e 2020, em nossa região, ocorreu o fechamento de 1.877 indústrias sendo o setor metalúrgico o mais afetado com 41,9% dos casos e, consequentemente, com reflexo negativo no nível de empregos.
Matéria de julho de 2022 publicada pelo Diário do Grande ABC, com base em pesquisa também do IBGE, revelou que entre 2011 e 2020, em nossa região, ocorreu o fechamento de 1.877 indústrias sendo o setor metalúrgico o mais afetado com 41,9% dos casos e, consequentemente, com reflexo negativo no nível de empregos.
No caso de São Caetano do Sul houve no período 2011/2020 uma redução de 101 indústrias. Creio não ter sido pior devido a firme atuação do sindicato dos metalúrgicos local e por mim presidido que, atento ao processo econômico e as mudanças, há muito vem lutando para assegurar direitos aos seus representados ao mesmo tempo que se mantém atuante no sentido de garantir que investimentos sejam feitos pelas empresas, particularmente a General Motors (GM), com vistas a sua permanência no município.
Isso tem implicações positivas pois além possuir viés desenvolvimentista com o avanço no tocante à inovação tecnológica, gera renda e arrecadação de impostos à cidade e ao Brasil.
Do contrário, hoje, essa grande montadora de veículos poderia ter deixado a região e migrado para outro estado, ou mesmo para o exterior. Fato dessa natureza por pouco não ocorreu quando, em 2017, a direção da GM revelou a intenção de instalar-se em uma cidade do Estado de Minas Gerais.
Do contrário, hoje, essa grande montadora de veículos poderia ter deixado a região e migrado para outro estado, ou mesmo para o exterior. Fato dessa natureza por pouco não ocorreu quando, em 2017, a direção da GM revelou a intenção de instalar-se em uma cidade do Estado de Minas Gerais.
A GM se dispunha a encerrar suas atividades aqui no município alegando que, por estar obsoleta, a linha de produção só tinha mais quatro anos de vida útil.
Desta forma conversamos muito com a empresa e readequamos tudo para que ela recebesse os investimentos necessários e, com isso, não viesse a eliminar os nove mil empregos existente naquele momento.
A direção do sindicato possui responsabilidades para com a categoria que representa, assim como em relação ao desenvolvimento da cidade e do Brasil. Por isso, não poderia fechar os olhos para uma situação que, caso se efetivasse, traria o caos ao município e à região, particularmente desemprego a milhares de pais de família.
Considere-se que, cada posto de trabalho direto na montadora, proporciona a geração de outros sete empregos em toda a cadeia produtiva.
Sem falsa modéstia, o arrojo e a forma de negociar da diretoria do sindicato fizeram toda a diferença na mesa de negociação, garantindo, por meio acordos, novos investimentos, geração de empregos e a permanência da empresa em São Caetano do Sul pelos próximos 15 anos.
Sem falsa modéstia, o arrojo e a forma de negociar da diretoria do sindicato fizeram toda a diferença na mesa de negociação, garantindo, por meio acordos, novos investimentos, geração de empregos e a permanência da empresa em São Caetano do Sul pelos próximos 15 anos.
Obviamente que tanto os trabalhadores quanto o sindicato, com autonomia e responsabilidade, tiveram naquele momento que ceder em conquistas muitas das quais obtidas com grandes lutas. Porém, aos poucos estamos reconquistando direitos, mantendo e até ampliando o número de empregos e, logicamente, investimentos pela empresa que no processo de modernização da sua estrutura já investiu nos últimos seis anos cerca de R$ 5 bilhões visando a produção de novos veículos.
Sendo assim, fica aqui evidente que fazemos sindicalismo em prol dos metalúrgicos e com o olhar voltado ao país que queremos desenvolvido, com um parque industrial pujante gerando empregos, renda e cidadania social aos trabalhadores e trabalhadoras.
Aparecido Inácio da Silva
Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Caetano do Sul
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