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CPI da Poluição Petroquímica divulga dados da 1ª etapa do inquérito epidemiológico 

Secretaria de Saúde de São Paulo avalia moradores da zona leste

A primeira reunião de 2023 da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Poluição Petroquímica na Câmara Municipal de São Paulo, foi realizada nesta quinta-feira (2). Durante a sessão foram divulgados os dados preliminares da 1ª etapa do inquérito (diagnóstico epidemiológico) da Secretaria Municipal de Saúde.

A finalidade da ação foi averiguar a eventual relação entre a incidência de doenças como a Tireoide de Hashimoto com a poluição petroquímica em moradores da zona leste da capital, vizinhos ao Polo Petroquímico de Capuava (ABC paulista).

Segundo o vereador e presidente da Comissão Alessandro Guedes (PT/São Paulo), o estudo é resultado de uma reunião entre os membros da Comissão, o prefeito Ricardo Nunes (MDB) e representantes do Executivo.

Em janeiro, um questionário foi aplicado com a proposta de avaliar denúncias de vários casos da Tireoidite de Hashimoto nas regiões de São Rafael, São Mateus e Sapopemba, e a possível relação com a poluição ambiental gerada no entorno do Polo.

As perguntas foram aplicadas em um público sorteado de forma aleatória, dentro da metodologia do estudo. Além de moradores próximos ao polo petroquímico, integram a pesquisa a título comparativo imóveis em regiões distantes, como Itaim Paulista e Jabaquara.

Foram ouvidas 3.580 pessoas, sendo 667 da AMA/UBS Jardim São Francisco II e UBS Parque São Rafael; 829 da UBS Jardim Colorado e UBS Rio Claro; 626 da AMA/UBS Jardim das Oliveiras; 753 da UBS Fazenda da Juta I e UBS Fazenda da Juta II; e 705 da AMA/UBS Jardim Americanópolis. Ao menos 660 entrevistados (23%) também concordaram em ser encaminhados para realização de exames e avaliação médica.

Os dados apurados subsidiarão as próximas fases do estudo e auxiliarão a traçar um diagnóstico das doenças incidentes na região vizinha ao polo, bem como balizar as próximas ações da CPI da Poluição.

“Agradecemos ao prefeito Ricardo Nunes e ao secretário de saúde Luiz Carlos Zamarco que deram total apoio à Comissão. Esse inquérito epidemiológico irá direcionar os próximos passos da CPI, para podermos comprovar ou não, de forma científica, o problema que existe na região”, comentou o vereador Alessandro Guedes.

 “Após a análise estática e comparação com grupos de controle, a Prefeitura de São Paulo dará início a uma terceira etapa, com ações a serem definidas, se necessário, conforme os indicadores de amostragem da região. Precisamos trabalhar com cuidado e respaldo científico para que possamos chegar à conclusão que a CPI busca”, afirmou.

O parlamentar também ressaltou a importância econômica do polo e a geração de empregos. “Agora, se existe uma relação direta da doença, que as pessoas e os estudos da endocrinologista Dra. Maria Ângela Zaccarelli Marino atestam na região, com a poluição, temos que tomar providências”, citou.

CANAIS

A CPI da Poluição Petroquímica busca investigar denúncias sobre a poluição e a contaminação ambiental no entorno do Polo Petroquímico que supostamente vem prejudicando a saúde de moradores de bairros da zona leste da capital localizados próximos ao Polo.

A população dispõe de um canal específico para coletar contribuições e manifestações de quem vive nos bairros do entorno da petroquímica e que sofre consequências da poluição, com o objetivo de subsidiar as investigações da Comissão.

A população pode fazer denúncias sobre a poluição, trazer informações sobre questões de saúde dos moradores dos bairros vizinhos e apresentar sugestões para redução da poluição pelo e-mail [email protected], pelo link: www.saopaulo.sp.leg.br/cpidapoluicaopetroquimica/ ou pelo número de Whatsapp (11) 95109-3734.

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