 
						A pulsão da vida e da morte são duas energias do ser humano que opostas se complementam. Elas são as 2 (duas) únicas certezas que temos nesta vida.
Só entenderemos o milagre da vida, quando de perto, observarmos a morte; só entenderemos a morte, quando, apesar dos percalços, entendemos a benção que se é estar vivo.
Uma pessoa que me grandiosamente me ensinou com maestria sobre o valor da vida foi meu pai. Como ele amava estar vivo! Ele partiu nesta pandemia e uma das suas últimas frases foi o quanto viver era maravilhoso. Ele tinha o habito de aconselhar em tom suave para que eu aproveitasse cada minuto da vida. Seus olhos verdes azulados brilhavam sedentos pela vida. Convivendo com o Parkinson (doença degenerativa) há 20 anos, e possivelmente, sentido que teria menos dias conosco, que a sua partida, sua morte, chegaria mais rápido, o fez valorizar e agradecer cada minuto em vida.
Uma outra experiência sobre o valor da vida foi o que passei em 2017 após uma cirurgia de coluna onde vivencie o TEP (Tromboembolia Pulmonar). Com 3 (três) coágulos em meu pulmão, na UTI, sabia que em frações de segundos estes poderiam caminhar ao meu coração, e caso isso ocorresse, possivelmente  aqui eu nao estaria. Recordo como ontem familiares chorando ao meu redor como se eu fosse partir. Mais uma vez, um paralelo entre a vida e a morte, um choque de realidade para o valor da vida.
A coragem e a gratidão de viver.
O que são elas para você?
Neste mês da campanha do laço amarelo, a prevenção ao suicídio, deixo aqui uma breve mensagem:  Cuidar e vigiar.
A vida é um presente precioso.
Erika Martinez
Comunicologa e Psicanalista
Instagram: @erikahmartinez_
 
				