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A OMISSÃO DO ESTADO REFLETE NA SOCIEDADE

Giuliano Giuseppe Trivigno.

 

 

A morte do lutador de Jiu-Jitsu Leandro Lo no último domingo, dia 07 de agosto de 2022, chocou o mundo das artes marciais. Houve relatos que depois de uma breve discussão, Lo imobilizou o Tenente Henrique Velozo que após se levantar desferiu 2 disparos de arma de fogo contra o atleta.

 

O ocorrido gerou muita indignação entre os fãs do faixa preta, como era de se esperar, mas devemos analisar essa tragédia de maneira ampla e crítica. É dever de o estado zelar pela segurança pública e para isso é fundamental zelar pelos seus agentes.

 

A polícia militar necessita de subsídio para tratamentos psicológicos constantes, pois atrás de cada farda existe um ser humano com problemas conjugais, de saúde e financeiro como qualquer outra pessoa, porém, no dia a dia devem se abster de suas angústias para prestar o serviço com a excelência que se espera em uma situação em que qualquer distração pode significar a morte, tanto do agente quando de um civil.

 

A falta de subsídio aos profissionais da segurança pública gera situações como esse ocorrido pois o Autor do crime aparentemente não estava apto mentalmente para carregar uma arma, quiçá representar a farda da corporação. Os riscos podem e devem ser minimizados através de projetos que visam o bem-estar emocional do agente. Há algumas instituições que zelam pela dignidade dos policiais militares como é o caso da ONG AFAPM, localizada em São Vicente, no litoral sul de São Paulo, criada por familiares de policiais militares, tem o intuito de minimizar os impactos que são reflexos da atuação do agente no dia a dia que atingem principalmente o psicológico do policial ou de seus familiares.

 

Com uma equipe de assistentes sociais, psicólogos e advogados a ONG AFAPM atua com ações preventivas tanto para o agente quanto para sua família, fornecendo consultas psicológicas, elaborando estudos socioeconômicos para aqueles que estão com dificuldades financeiras e até mesmo auxílio jurídico nas mais diversas demandas inerentes à profissão.

 

Os familiares dos policiais também são acolhidos, os cônjuges recebem cursos de capacitação para regressarem ao mercado de trabalho enquanto seus filhos recebem acesso a atividades extracurriculares. São iniciativas como essa que devem ser usadas de exemplo para que o estado atue de forma mais proativa visando prevenir e não só remediar fatalidades como a que presenciamos recentemente.

 

 

 

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