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As três primeiras ruas de São Caetano cresceram e trocaram de nome

Humberto Domingos Pastore

   

Bendita hora que peguei para reler o livro Subúrbio, do professor José de Souza Martins, historiador e pesquisador que narra como ninguém as descobertas documentais sobre a história de São Caetano do Sul, aliás, desde os seus primórdios quando o Brasil ainda não chegara a completar cem anos da chegada dos portugueses.
    

Na página 119 inicia o capítulo intitulado “A Rua na Geografia Imaginária do Subúrbio”, onde descreve os caminhos que partindo das terras da Fazenda dos Beneditinos, (no hoje Bairro da Fundação), levavam para a atual Rudge Ramos e para o Centro de Santo André, que na época tinha o nome de São Bernardo.
    

A riqueza histórica do livro é gigante e merece ser lida e relida, mas hoje quero me ater a informação que se inicia na página 122 onde cita a planta do Núcleo Colonial que abrigou os imigrantes italianos que aqui chegaram no dia 28 de julho de 1877. Vale recordar que a Fazenda dos Monges Beneditinos foi desapropriada pelo governo do Império para ser dividida em lotes. No centro desta fazenda existia a Casa Grande, que acolheu por meses as famílias italianas, e que ficava pertinho da então Capela São Caetano.
    

As duas primeiras ruas nasceram no pátio desta capela. A primeira recebeu o nome de Rua Speers, uma homenagem a William Speers, profissional contador da Empresa São Paulo Railway e que residia na Rua Aurora, nº 01, na Capital. Esta rua depois ganhou nova denominação passando a se chamar Rua Rio Branco e, parte dela, Rua Maximiliano Lorenzini.
    

A rua número 2 de São Caetano também nasceu deste ponto, mas do lado oposto. Seu nome era Rua Joaquim Cândido, em homenagem à Joaquim Cândido de Azevedo Marques que era contador da Tesouraria da Fazenda e Juízo de Feitos. Esta rua também ganhou outra denominação. Em 1890 já era conhecida por Rua 28 de Julho. O interessante é que depois disso também teve o nome trocado diversas vezes. Foi Rua Manuel Coelho, Rua da Matriz, Rua Saladino Cardoso Franco e Rua João Pessoa, para no fim receber de novo o nome de Rua 28 de Julho.
    

O livro Subúrbio, do professor José de Souza Martins, nos brinda também com o detalhamento histórico da terceira rua de São Caetano. Na página 125 podemos ler: “Uma terceira rua foi acrescentada ao núcleo colonial, ainda antes de 1890. Recebeu o número três e o nome de Rua Araújo Costa, uma homenagem à Manuel José de Araújo Costa, que era vice-presidente da Câmara Municipal de São Paulo. Esta rua foi implantada sobre o traçado do Caminho que ia para o Caaguaçu, Oratório e Moji das Cruzes. Hoje é a Rua Perrella. Nos anos vinte, um trecho desta rua que corresponde a atual Av. Conde Francis co Matarazzo e Rua Comandante Salgado tinha o nome de Rua José Mariano Garcia Júnior.
    

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