A desospitalização ou o tratamento domiciliar é uma tendência mundial, mas só para pacientes clinicamente estáveis.
Dentre os principais benefícios da atenção domiciliar podemos destacar:
• A redução de infecções hospitalares em pacientes com patologias crônicas e suas complicações, tais como diabéticos, pacientes com sequelas neurológicas de acidentes vasculares cerebrais, pacientes com patologias neuromusculares, etc.;
• A maior convivência destes pacientes com seus familiares, que será capacitada pela equipe do Serviço de Atenção Domiciliar (SAD) para executarem, procedimentos simples, tais como dar banho no paciente ou executar exercícios físicos prescritos.
A desospitalização apesar das vantagens é um processo tenso para o paciente e a família.
Para o paciente, apesar da vontade de deixar o hospital, existe a insegurança de voltar para casa e dessa maneira, deixar de ter assistência permanente, por parte dos profissionais de saúde.
A família também sofre e se estressa muito, quando seu ente querido retorna ao lar, principalmente, se após a alta, têm necessidade de fazer uso de sondas, traqueostomias, cuidarem de feridas, banho de leito, etc.
Se o paciente for considerado elegível, é elaborado um Plano de Atenção Domiciliar (PAD), que descreve quais os cuidados necessários para a sua recuperação, os recursos necessários e o tempo estimado de alta. Este plano passa a ser seguido e é reavaliado periodicamente.
Nesse processo de transição, o SAD assume grande importância ao assegurar a continuidade dos cuidados prestados durante a hospitalização e por oferecer apoio ao paciente e aos seus familiares.
Enfermeiro Roberto Canavezzi
