Copas regionais são salvação em calendário nacional deficitário

“A gente tem ideias, mas as ações não são nossas”. O técnico Fahel Júnior, que comandou o Velo Clube na A2 do Paulista deste ano, defende algumas mudanças nos campeonatos nacionais para que os clubes possam ter mais calendário. E vai além: sem o incentivo da CBF e das federações, ter oportunidade de jogar uma competição não seria suficiente para que os clubes consigam se manter.

“Os países europeus têm sete, oito divisões e são bem menores que o Brasil. Aos poucos precisamos criar outras divisões, mas com incentivo e auxílio. Só assim se abre chance para os clubes poderem participar. É mais emprego, mais chance de trabalho”, analisa o treinador.

Para Fahel Júnior, os Estaduais devem permanecer pela sua tradição. Mas com o final deles em abril, são oito meses que os clubes ficam sem renda. “Em São Paulo tem a Copa Paulista, acaba sendo a salvação de muitos clubes e muitos atletas. Mas a briga por uma vaga na Copa do Brasil, por exemplo, fica com os de maior poder aquisitivo. Em outros estados também têm Copas, mas não são suficientes”.

Uma luta que parece ser de todo treinador é ver a criação de uma Série E nacional. “Dá para colocar calendário, mas precisa de motivação para os clubes jogarem.  Já cheguei a pegar balsa para disputar uma partida porque não tinha dinheiro de ajuda para passagem aérea. A estrutura financeira precisa melhorar bastante e o apoio de patrocinadores também”.