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Fábricas de Cultura abordam questões de gênero, raça e ancestralidade na programação de abril

Entre os destaques estão bate-papos sobre ancestralidade indígena, gordofobia e população negra LGBTQIA+, o retorno do Sarau do Capão, exibição de filme que aborda os quilombos urbanos e muito mais

 

As Fábricas de Cultura, programa da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo, e gerenciadas pela Poiesis, irão promover atividades que destacam as questões de gênero, raça e identidade nas programações de abril das unidades da Zona Norte (Brasilândia, Vila Nova Cachoeirinha e Jaçanã) e da Zona Sul (Jardim São Luís e Capão Redondo), além de Diadema. Todas as atividades são presenciais. Confira os destaques da programação:

No dia 9 de abril, às 18h, a Fábrica de Cultura Capão de Redondo recebe novamente em seu espaço o Sarau do Capão. O retorno presencial do sarau será marcado pela presença de Mariana Felix, poeta, escritora, slammer, apresentadora, militante feminista e autora os livros Mania (2016), Vício (2017) e Abstinência (2019), e da DJ Lorrany, que segue um estilo underground que se inicia no bass music br transitando entre afrobeat, dancehall, funk, vogue, trap, rap e hip hop.

A programação continua na Fábrica de Cultura Jardim São Luís que no dia 12 de abril, às 19h, realiza o Sarau Museu do Inusitado, um encontro multicultural com foco na integração de linguagens e trocas não só literárias, mas também das artes plásticas, corporais e musicais, tanto da voz, como do instrumento. Com foco nos direitos indígenas, o sarau receberá o professor Júlio César Pereira de Freitas Guató (Karaí Jekupe, seu nome em guarani), da etnia Guató, que falará sobre a Aldeia Takuá Ju Mirim, oriunda da Aldeia Tekoa Yrexakã.

Os debates sobre a cultura indígena também irão ocorrer na Fábrica de Cultura Brasilândia através da atividade A Busca da Ancestralidade Indígena, realizada no dia 13 de abril, às 15h. Neste bate-papo, Pagu Fulni-ô, indígena do povo Fulni-ô e formada em ciências sociais pela USP, falará sobre resistência e retomada da identidade indígena em território urbano para o resgate de valores civilizatórios originários.

No dia 14 de abril, às 14h30, a equipe de biblioteca da unidade Jardim São Luís promove a atividade Mitã Hanga – Bonecas de Cabaça para crianças a partir dos 6 anos. Na oficina, o público infantil terá contato com a cultura indígena através dos ensinamentos de Lu Ahamy, indígena da etnia guarani M´bya, artesã, chefe de cozinha e coordenadora do Coletivo EtnoCidade. Lu ensinará aos participantes a criarem suas bonecas de cabaça, a fazer o grafismo e colocar seus adereços, cocar, colares, arco e flecha, e lança.

Já a Fábrica de Cultura Vila Nova Cachoeirinha exibirá o episódio Cidade de Quem? da série documental Quilombo Brasil (2015), desenvolvida pelo Coletivo Política do Impossível e a Rede Mocambos, no dia 19 de abril às 19h. A produção discute a presença dos quilombos no passado, presente e futuro do Brasil. No mesmo dia e horário, a Fábrica do Capão Redondo realizará o bate-papo Produção Musical Executiva com a produtora Cida Gonçalves, que abordará aspectos básicos da produção executiva com ênfase em seu trabalho com artistas negros, principalmente na área da música.

No dia 19 de abril, às 19h30, a Fábrica de Cultura Brasilândia recebe o Projeto (R)EXISTA para um bate-papo sobre sua atuação em prol da visibilidade da vivência e existência da população negra LGBTQIA+. O projeto trabalha para desconstruir estereótipos e dar visibilidade à representação não marginalizada nas comunidades.

Outra temática abordada na programação é a inclusão. Na formação Tradução de Músicas para Libras, Ricieri Palha, tradutor com mais de 10 anos de experiência na esfera artística, ensinará o processo de construção da tradução da língua portuguesa para a língua de sinais, apresentando as técnicas, estratégias e preparação da equipe de intérpretes para um evento artístico. A formação ocorre no dia 20 de abril, às 15h, na Fábrica de Cultura Vila Nova Cachoeirinha. Não é necessário se inscrever.

O dia 20 de abril também estará movimentado na Fábrica de Cultura Jaçanã que realizará a 1ª edição do Sarau Amor de Quebrada, a partir das 17h. A proposta é reunir as narrativas de artistas da região do Jaçanã e Tremembé para uma partilha sobre amor, paz, justiça, amizade e encontros através de diversas linguagens, como: música, danças, performances, artes visuais e ensaios poéticos sobre o cotidiano e as pessoas.

Dia 26 de abril, a partir das 10h, o Coletivo Mariás apresenta Cálice, espetáculo que tem como norte o corpo que sangra, nutre, gera vida e tem o dom de curar. Esse corpo ambíguo que é forte e frágil, firme e gentil, profano e sagrado. Assim, o Coletivo Mariás apresenta quatro corpos que sangram em um único corpo cênico no espetáculo: Cálice. A apresentação será na Fábrica de Cultura Brasilândia.

A programação do mês será finalizada com atividades focadas nos debates sobre gordofobia. No dia 29 de abril, às 18h30, a unidade Jaçanã convida Lu Big Queen, produtora cultural, influencer preta, performer, modelo gorda, dançarina, atriz e ativista decolonial para falar sobre a emancipação e libertação de corpos de pretas e gordas.

Já às 19h30, a Fábrica de Cultura Diadema promove a intervenção-debate Poesia Através das Estrias. Nessa intervenção, três mulheres pretas questionam a relação de tempo/espaço trazendo visões pretas, periféricas com a poesia, dança, canto e ancestralidade, traçando um caminho com dados estatísticos dos lugares de solidão afetiva na perspectiva do corpo negro e gordo.

EXTRA: Até o dia 28 de maio, a unidade Diadema recebe a exposição Laboratório Diadema, que reúne trabalhos desenvolvidos pelos alunos da Escola da Cidade no 1º semestre de 2021 em parceria com a Prefeitura de Diadema. Os trabalhos buscam refletir sobre o habitat nas periferias a partir de territórios que apresentam características de centros de bairros onde poderiam se articular os equipamentos existentes, adequando sua arquitetura ao entorno de forma a criar territórios de convivência. É possível conferir os trabalhos expostos na unidade de terça a sexta, das 10h às 19h, e aos sábados, das 10h às 17h.

Para entrada nos prédios das Fábricas de Cultura é obrigatório a apresentação do comprovante de vacinação contra Covid-19, com duas doses ou dose única, de acordo com o decreto nº 60.989, da PMSP. Em razão do avanço da pandemia, algumas atividades podem ser alteradas ou canceladas. Antes de ir, entre em contato com a unidade. As unidades do programa recomendam o uso da máscara de proteção nos ambientes internos.

A programação completa pode ser acessada pelo hotsite +Cultura e no site das Fábricas de Cultura.

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