Diadema não vai deixar o samba morrer, muito menos acabar. Como forma de manter e perpetuar a tradição do ritmo mais brasileiro da música, a Secretaria de Cultura lança na sexta-feira (11) o projeto Cultura Dá Samba, que tem como objetivo cumprir à risca a letra da canção eternizada na voz de Alcione nos anos 1970.
A concepção da ação é aproveitar o conhecimento de sambistas de Diadema para levar a cultura adiante. Serão ministradas aulas em eixos relacionados aos desfiles das escolas de samba, em parceria com as agremiações e a liga das escolas de samba de Diadema. O lançamento do projeto será no Teatro Clara Nunes, em um local mais do que apropriado por se tratar de uma homenagem a uma das maiores sambistas do país. Madrinha do projeto em Diadema, a escola de samba Acadêmicos do Tatuapé fará apresentação especial.
“Uma das vertentes da Secretaria de Cultura é resgatar as tradições do nosso povo. A pandemia afetou demais a comunidade do samba, que é o ritmo que narra a história da nossa gente. Por meio do processo de formação, buscamos trazer o samba para o lugar que ele pertence: a alma da sociedade”, afirmou Deivid Couto, secretário de Cultura de Diadema.
Reinaldo Leiva, chefe de formação da Secretaria de Cultura e responsável pelo Cultura Dá Samba, explica que serão quatro eixos dentro da atividade: adereços, mestre-sala e porta-bandeira, percussão e samba no pé. Em cada um dos grupos o aluno aprenderá as características de cada setor que, unidos, materializam o Carnaval.
“A ideia que tivemos foi utilizar a capacidade dosa artistas que militam e trabalham em escolas de samba da cidade. Sabemos que Diadema está há uma década sem os desfiles e sentimos que esse vínculo tem se perdido entre a comunidade do samba e a cidade. Muitos que produziam o Carnaval aqui foram para outras cidades. Precisamos resgatar essa ligação”, disse Leiva.