Filippi beneficia empresa de ônibus com desconto no ISS e aumenta tarifa ao usuário
Vereador Reinaldo Meira questiona aumento e diz que projetos do prefeito “cheiram mal”
Wilson Guardia
O prefeito de Diadema, José Filippi (PT) recentemente concedeu desconto de 100% no ISS (Imposto Sobre Serviços) à Suzantur, concessionária que opera as linhas de ônibus na cidade. Na contramão do desconto ofertado, os usuários iniciam o ano pagando mais caro na tarifa do sistema de transporte público municipal. O valor unitário, antes em R$ 4,65 saltou para R$ 5,10.
Procurada, a Prefeitura não se manifestou sobre o desconto à empresa e consequente aumento tarifário aos usuários.
REDUÇÃO
Por outro lado, o vereador Reinaldo Meira (PROS) pede a revogação do aumento. “Dá para diminuir, dá para funcionar sim. Dá para andar com vários ônibus, a cidade é pequena, vai daqui ali rapidinho, não gasta quase nada”.
O parlamentar por sua vez, diz que a empresa “só leva dinheiro daqui, leva dinheiro do município”. Para Reinaldo Meira os projetos do prefeito Filippi estão “cheirando mal, são estranhos” o que segundo ele, “dá vontade de levar para o Ministério Público e apontar e dizer, olha aqui, sente o cheiro aqui”.
O REPÓRTER fez contato com a Suzantur para saber o motivo do reajuste tarifário já que a empresa foi beneficiada com desconto de 100% no ISS e quais contrapartidas foram ou serão apresentadas aos usuários, mas até o fechamento desta edição não se manifestou.
O aumento na tarifa, para Reinaldo Meira é uma afronta à sociedade diademense: “Foram vários tapas um atrás do outro no rosto da população por conta do ISS, do aumento do IPTU, taxa do lixo, ISS sobre resíduo hospitalar, desconto de imposto para empresa de transporte ao invés de empresa de saúde e outras mais necessárias nesse momento, sem contar que houve aumento da passagem beneficiando duas vezes a mesma empresa, compra de prédio no afogadilho gastando R$ 22 milhões a toque de caixa enquanto as UBSs (Unidades Básicas de Saúde) estão sem remédios, insumos, médicos, além da terceirização da saúde. Tudo isso cheira mal, cheira corrupção, jeitinho brasileiro para campanhas eleitorais”.