Volta de Auricchio amplia bloco oposicionista na Câmara

 

José Auricchio Júnior assume o quarto mandato como prefeito em São Caetano, no entanto, o tucano não sofrerá grandes entraves com o Legislativo, afinal conta com grande número de aliados, mas terá que lidar com algumas pedras nos sapatos. O bloco de oposição, até então formado por quatro nomes: Ubiratan Figueiredo (PSD), César Oliva (PSD), Américo Scucuglia (PTB) e Bruna Biondi (PSol), ao longo da gestão Tite Campanella (Cidadania), agora deve ganhar um reforço de dois nomes. Edison Parra (Podemos) e de Jander Lira (Democratas). Dos 19 vereadores, 13 seguem no grupo governista.

 

 

JANDER

 

Jander Lira em afirmação a este RADAR inicia sua fala com o seguinte comentário: “Primeiro decisão judicial não se discute, se acata e respeito isso. Agora, assim como antes, sigo no campo das oposições, afinal foi essa a determinação das urnas (quando fui eleito). Vou ser vigilante, responsável nas ações (para não fazer oposição simplesmente por oposição). Vou seguir cobrando o Governo e fiscalizar suas ações”.

 

OLIVA

 

César Oliva, que na última gestão do prefeito Auricchio mostrava-se um dos principais nomes do bloco oposicionista, destaca: “Já conheço o trabalho do Auricchio. Muito embora cada mandato seja uma folha em branco a se reescrita pela cidade, a ideia inicial é manter a oposição a não ser que o trabalho do Poder Executivo mude e, verdadeiramente, possa colocar o munícipe em primeiro lugar. Nesta esteira destaco as pautas do reconhecimento do servidor público, das demandas dos professores, pessoal da saúde e guardas municipais, como a melhoria dos salários e plano de carreira”.

 

OLIVA II

 

O parlamentar diz que até pode reavaliar seu posicionamento, mas que depende do já citados desejos, como os que seguem: “a população também espera uma cidade verdadeiramente transparente, redução de imposto e inventivos econômicos, tais como microcréditos aos microempreendedores. Havendo este olhar humano posso reavaliar. Na política busco o bem da cidade e de seus munícipes”.

 

COLETIVO

 

Bruna Biondi (PSol), diplomada vereadora, mas que representa o mandato coletivo Mulheres por Mais Direitos, explica que seguirá na oposição. “O Psol sempre foi e seguirá sendo oposição ao governo. Somos contra o coronelismo na política. Dialogamos com a população e com os servidores. Acredito que nosso mandato terá dificuldades de diálogo com o chefe do Executivo”.

 

PARRA

 

O vereador Edison Parra (Podemos), que recentemente assumiu a cadeira de vereador, após o falecimento da titular Suely Nogueira, que em entrevista recente a este REPÓRTER afirmou ter rachado por completo com o grupo auricchista agora discorre: “Minha relação com o Auricchio, a partir da posse será institucional, de um membro do Legislativo com o chefe do Executivo. Eu me colocarei na posição de oposição e farei o papel principal do vereador, o de fiscalizar as ações do Executivo. Aquela relação, de alinhamento ou de aliado, ficou no passado”.

 

AMÉRICO

 

“Temos que agudar a posse dele para ver como vai ser esse quarto mandato. Não faço parte de nenhum grupo de oposição, sou independente. Meu trabalho de fiscalização vai continuar, vou continuar criticando o que tiver que criticar, não vou mudar nada, continuarei a ser da mesma forma que sempre fui”, afirma Américo Scucuglia.

 

PONDERAÇÃO

 

No entanto, Américo destaca o que pode mudar na relação dele com Auricchio se comparado com o governo Tite: “O que talvez mude é o diálogo com o prefeito Auricchio, algo que não tive com o Tite”.

 

UBIRATAN

 

Ubiratan Figueiredo, que na gestão passada do prefeito Auricchio já era do grupo oposicionista, foi procurado para comentar se seguirá com o mesmo posicionamento, mas até o fechamento desta edição não se manifestou.

 

FRASE

 

“Poder servir à minha cidade foi a realização de uma vida. Volto à Câmara onde permanecerei à disposição de todos”, de Tite Campanella ao deixar a Prefeitura para voltar ao Legislativo.