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Redução no combustível anunciada pela Petrobras é “irrisória”

Wilson Guardia

 

Sindicato, que representa os donos de postos de combustíveis, diz que na ponta o desconto para o consumidor chega a cinco centavos por litro, ante alta de 40% nos últimos seis meses. Privatização e fatiamento da Petrobras abriria concorrência e diminuição dos valores.

 

Petrobras reduz combustível em 3% e Regran afirma: “é uma gota no oceano”

 

Após 40% de aumento no preço dos combustíveis, apenas nos últimos seis meses, a Petrobras anunciou 3% de redução no valor da gasolina na refinaria. “É pequeno, irrisório. É uma gota no oceano”, disparo Roberto Leandrini Jr, presidente do Regran (Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do ABCDMRR), que garante: “na ponta isso representa apenas cinco centavos a menos no litro na bomba”.

 

Indagado sobre qual seria o valor justo para o equilíbrio financeiro dos postos e também dos consumidores Leandrini crava: “A Petrobras deveria reduzir pelo menos R$ 1,50 na refinaria, menos que isso, não refresca”. Sobre o preço ideal na bomba, o empresário e presidente do Regran destaca que a gasolina deveria custar em média “R$ 5,50 nos dias atuais”.

 

Por se tratar de commodities (produto de origem primária negociada na bolsa, no caso o petróleo) a Petrobras, por via de regra, é obrigada a seguir a cotação internacional do barril, mesmo o Brasil sendo autosuficiente. “A Petrobras é uma empresa de economia mista, ou seja, além do Governo, ela possui acionistas e por isso segue os preços praticados pelo mercado. Quando tentaram, no passado desvincular isso, a empresa quebrou e hoje, o atual Governo paga a conta”, explica Leandrini.

 

Atualmente, além de negociar o petróleo na bolsa de Nova Iorque (Estados Unidos), com cotação em dólar, o consumidor sofre também com a alta do diesel: “20% deste combustível é importado”, diz Leandrini.

 

PRIVATIZAÇÃO

 

Para tentar conter a alta nos preços, Roberto Leandrini Jr afirma ser preciso privatizar a Petrobras. “Ela deve ser fatia em dez, cada empresa ficaria com uma partem, desta forma acaba o monopólio e passa a existir a livre concorrência, desta forma quem ganha é o consumidor. Haverá disputa entre as empresas pelo melhor produto com o menor preço. No Brasil a Petrobras é responsável pela exploração (do petróleo), refino e distribuição, nos Estados Unidos são 68 empresas em competição”, conta.

 

FRAUDES

 

Roberto Leandrini Jr ainda diz que o consumidor deve ficar atento nos preços para não cair em golpes como adulterações de qualidade ou “bomba baixa”, quando o consumidor paga pelo litro, mas leva menos sem saber. “Se destoar muito do preço médio desconfie. Atualmente, 40% do mercado estão nas mãos de facção criminosa”, alerta.

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