Ex-governador de São Paulo pediu desfiliação do PSDB após mais de três décadas. “Hora de traçar um novo caminho”. Destino de Alckmin ainda é incerto, há conversas com o PSD, PSB, do amigo Márcio França, Solidariedade e Avante.
Alckmin “traça um novo caminho” ao deixar o PSDB
Geraldo Alckmin deixa o ninho tucano e bate asas para outros “ares políticos”. O ex-governador apresentou carta de desfiliação a Luiz Fernando Alfredo da Silva, presidente do diretório municipal do PSDB na Capital Paulista. O documento foi entregue na tarde de ontem.
Em uma rede social Alckmin, médico de formação, em nota pública discorreu: “É um novo tempo! É tempo de mudança. Nesses mais de 33 anos e meio de trajetória no PSDB procurei dar o melhor de mim. Um soldado sempre pronto para combater um bom combate com entusiasmo e lealdade. Agora , chegou a hora da despedida. Hora de traçar um novo caminho”.
DESTINO
O futuro de Geraldo Alckmin é incerto, em meio a especulações sobre ser vice em uma eventual chapa encabeçada por Lula (PT) à presidência da República. O ex-governador tem convites e conversas para acertar sua filiação com o PSD, Avante, Solidariedade e com o PSB do amigo e leal escudeiro Márcio França.
“O PSDB perde. Parto do princípio de que a política é a arte de juntar e não de separar. Geraldo é uma figura apaixonada pela política, referência no partido, com sua saída abre-se uma lacuna”, explica José Antonio Acemel, o Espanhol, ex-secretário-executivo do PSDB estadual e membro ativo do partido na região do ABC.
Com a saída de Geraldo Alckmin, o PSDB tem a “oportunidade de rejuvenescer, de pensar e repensar como partido. O Alckmin representava uma ideia de como ser, de como fazer o partido, de como agir na política. Ao longo dos anos não foram formadas outras lideranças e um futuro político não foi construído. O (João) Doria tem seus méritos, foi eleito prefeito, governador, ele tem méritos, mas é um perfil diferente”.