Tite afirma: “maior desafio foi não deixar a cidade parar”
Wilson Guardia
Prefeito faz balanço do primeiro ano à frente da Prefeitura, detalha relação com a Câmara, aborda o futuro político e destaca ações da gestão, em especial na área da saúde. “São Caetano tem dinheiro e serviços de ponta”, afirma Tite.
“Maior desafio foi não deixar a cidade parar”, destaca Tite em balanço do mandato
O prefeito de São Caetano Tite Campanella (Cidadania) declara que o principal desafio, neste primeiro ano de mandato, foi o de manter a roda da economia girando, para que empresas não fechassem as portas. “O maior desafio foi não deixar a cidade parar. Dialogamos e dentro do mais estrito protocolos de segurança, critérios e diálogo foi possível liberar o funcionamento de alguns setores. O funcionamento não era para o dono trocar de carro, era para ele manter as contas, poder almoçar, pagar aluguel. Para se ter ideia, chegou uma época que o Saesa tinha 25% de inadimplência, ou seja, contas de água, algo básico não estavam sendo pagas”.
Tite destaca ainda que São Caetano, apesar das dificuldades impostas pela pandemia, é uma “cidade fácil de administrar com um bom nível. Tem dinheiro e serviços de ponta. Saúde boa e Educação de excelência”.
O prefeito discorre sobre o legado deixado por ele na cidade. “Não cai no pecado da vaidade, de fazer um Governo que não é meu, em meu Governo. Espero que seja lembrado como um homem correto, como um homem bom”, explica ao dizer que entregou três escolas neste ano e outras importantes ações nas mais diversas áreas.
No entanto, Tite Campanella destaca que por motivos outros, como o aumento da inflação por conta da pandemia, algumas obras programadas atrasaram. “A inflação subiu muito, com isso, alguns insumos fiaram muitos caros, como ferro, a obra do Atende Fácil Saúde vai muito ferro, a da (escola Professora) Eda (Mantoanelli) e do Parque Fundação também”.
Algumas ações podem ser destacadas, como a implantação de mais um hospital na cidade em parceria com USCS, o Hospital Universitário e o futuro Hospital Veterinário. Tite lembra que a cidade está “voltando à normalidade”, e que filas de exames, cirurgias e consultas foram zeradas ou estão em vias de serem concluídas. Os atrasos justificam-se por conta das pandemia de coronavírus.
RESTOS A PAGAR
Questionado sobre restos a pagar Tite diz que há “mais política do que contabilidade”. A cidade tem um orçamento de R$ 1,9 bi para 2021 e, segundo o prefeito, isso é histórico, sempre que algum compromisso não pode ser cumprido dentro daquele ano ele é postergado para o próximo. “Para São Caetano, com orçamento que tem, os restos a pagar são irrisórios e há muita fiscalização, como a Controladoria do Município, o Ministério Público e também o Tribunal de Contas”.
Sobre o aumento da arrecadação para 2022 diz: “não é real, o que subiu foi a inflação e não atividade econômica, ou seja, ajustes nos tributos e não incremento. Nenhum político gosto de aumentar impostos”.
POLÍTICA
Sobre o imbróglio jurídico que envolve a cidade em relação a José Auricchio Júnior, que não pode ser diplomado prefeito por estar condenado na Justiça, Tite afirma: “a cidade está pacificada. Mas esse arrastar da Justiça é o retrato do sistema jurídico do Brasil que acontece em todas as instâncias. É um absurdo, lamentável. Quem sofre é a população”.
Tite diz que mantém boas relações com os vereadores, inclusive com os opositores. “Eles entenderam o momento de insegurança jurídica pela qual passa a cidade e isso facilitou uma interlocução madura. É evidente que estou sujeito a críticas, o Governo é uma máquina grande e problemas podem escapar. Tem que haver fiscalização”.
Ainda no contexto político, o prefeito Tite Campanella diz que estar na cadeira o “eleva a outro patamar”, mas que ser candidato natural em uma eventual eleição suplementar ou em 2024 é algo a ser discutido com o grupo político. “Gosto de ser prefeito, amo essa cidade e tenho prazer em trabalhar por ela, mas a decisão será discutida. Dividir o grupo não adianta nada”, discorre.