“Minha mãe veio com defeito?”, “moça, quer me adotar?”, “vou mandar a minha mãe para o mecânico”.
Foram mais de 10mil comentários escritos por adolescentes em meio a mais de 5 milhões de visualizações.
Confesso que como mãe, aquilo me tocou profundamente, pois me coloquei em outra posição, como se meu filho houvesse escrito um desses comentários; como se ele pudesse dizer para mim: “será que minha mãe veio com defeito?”
Quando optei por ser uma mãe presente na vida do Davi, sabia que enfrentaria desafios e julgamentos, mas devemos criar nossos filhos com respeito ao desenvolvimento deles. Paciência virou meu sobrenome. A geração atual é imediatista e cheia de informações, nasceu com o celular na mão, então orientar o correto, cabe aos pais.
Devemos sentar e ouvir nossos filhos e buscar as melhores respostas para ajudar na formação desses indivíduos, mesmo que não seja o que eles querem ouvir.
O vídeo pauta desse artigo, foi uma situação que me abriu os olhos para falar de outro assunto: qual a liberdade estamos propondo aos nossos filhos, será que a tecnologia nos fez pais que aprisionam as crianças?
Me lembro de brincar na rua e nem tinha celular para minha mãe me ligar, muitas vezes eu aprontava sabendo que estava errada, eu sentia medo de levar bronca ou até mesmo de apanhar.
Não se trata de namorar aos 13, 15 ou 20 anos, trata-se de ter cumplicidade com nossos filhos, mesmo que para isso seja necessário acompanhar em seu primeiro encontro romântico, poder ser referência de parceria com nossos filhos para que eles possam se abrir conosco, ao invés de serem julgados ou reprimidos.
Sendo assim, a mensagem que quero passar é que, nós, como pais, devemos estar atentos ao que nossos filhos fazem, e ter a percepção de que existe sim, liberdade, porém com limites e regras.
Afinal, estamos criando pessoas para caminharem sozinhas ou serem reféns dos pais para eternidade?
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