Em tempos de desemprego, crescimento da miséria e de exclusão, cidade como São Paulo, a mais rica e importante do Brasil, o poder público local não demonstra qualquer compromisso em atender seus desvalidos vitimados que são por um modelo socioeconômico excludente e perverso.
Nem mesmo em noites de inverno rigoroso, como ontem, 30/6, quando a temperatura chegou a 6 graus e por falta de proteção cerca de 12 moradores de rua morreram de frio. Entidades não governamentais (ONGs) e outras, ainda que com escassez de recursos, realizam nesse campo ações muito mais eficiente do que a prefeitura, hoje o terceiro maior orçamento do país. Obviamente que o alcance das ações das ONGs é limitado.
A tarefa principal e obrigatória caberia à prefeitura que possui recursos em orçamento, estrutura e funcionários voltados a essa finalidade, porém por desinteresse, senão covardia, pura covardia, não a realiza. Isso numa sociedade que se diz cristã, onde parcela ampla dos seus moradores faz questão de desfilar pelas ruas com uma bíblia embaixo do braço visando falsamente demonstrar sua religiosidade.
O que concretamente não passa de hipocrisia, puro farisaismo.