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“LANDAU SINÔNIMO DE LUXO E REQUINTE”

Atilio Santarelli

 

Essa verdadeira “nave” do Luiz foi um representante legítimo no quesito luxo e conforto da indústria automobilística nacional. Trata-se de um modelo ano 1981 a alcool, motor V8 de 302 polegadas cúbicas com absolutos 82.000 km originais e com o estepe ainda original de fabrica.

LANDAU
LANDAU

O Landau surgiu como uma versão de luxo do bem-sucedido Ford Fairlaine em 1959 nos EUA. Logo, o prestígio da nova versão fez com que ele acabasse virando praticamente um modelo distinto, dada sua boa reputação e requinte.

 

 

O modelo teve algumas carrocerias e isso incluiu um conversível bem elegante.Em 1965, John C. Goulden, então presidente da Ford do Brasil, anunciava um novo produto para o mercado brasileiro. Até então, a marca americana só dispunha de caminhões e utilitários montados localmente em operação que começou em 1919.Mesmo com a compra da Willys Overland do Brasil, quando absorveu a marca Jeep, a empresa ainda não tinha um carro de passeio.

LANDAU

No quinto Salão do Automóvel, em 1966, a Ford apresentava ao público brasileiro um sedã grande e luxuoso, batizado de Galaxie 500, referências ao espaço (corrida espacial dos EUA na época) e às 500 Milhas de Indianópolis, que a marca ganhou em 1959, ano em que surgiu o (Fairlane) Landau.

Com muitos cromados, quatro faróis circulares sobrepostos, grade ampla e lanternas compactas, o sedã foi uma adaptação bem-sucedida do modelo americano e recebeu o motor V8 272 de 4.5 litros e 164 cavalos, emprestado dos caminhões Ford nacionais.

Isso fazia com que os 5,33 m de comprimento e 1.780 kg de peso do Galaxie 500 alcançassem os 100 km/h em 14,9 segundos.

O V8 292 de 4.8 litros e 190 cavalos surgiu no fim de 1968, levando o carro para 160 km/h e baixando o tempo para 13 segundos, no manual. E assim ele permaneceu até a chegada do Landau novo em 1976.

O nome só surgiu no Galaxie 500 em 1971, numa resposta da Ford para a chegada do Dodge Dart e o lançamento do Chevrolet Opala Gran Luxo.

O destaque era o teto em vinil preto, marca registrada do Landau e o painel em Jacarandá, um luxo para época e para os dias atuais. Nas versões Galaxie, LTD e Landau, o sedã topo de linha da Ford foi ganhando espaço.

Em 1973, mudanças na grade (menor), capô e lanternas (com grade horizontal na base) deram uma renovada no estilo, que já se mostrava cansado, o que obrigou nova intervenção três anos depois.

Com o fim do Landau em 1983, a Ford deixou de oferecer carros de porte grande e grande potência, pois o Del Rey não passava de 73 cavalos em seu diminuto e fraco motor CHT 1.6 de origem Renault, como o resto do carro também, após herança do Corcel I, um parente brasileiro do francês Renault 12.

Ficou do Landau, a imagem de luxo que marcou uma época inesquecível no Brasil.

Atilio Santarelli

Automóvel Clube do Grande ABC
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