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Exclusivo projeto realiza monitoramento remoto do nível dos rios no Grande ABC

Os sensores funcionam por meio da Rede de Internet das Coisas (IoT), que é comunicação de longo alcance, consome pouca energia e são alimentados pela luz solar

A região do Grande ABC sofreu com as enchentes em março de 2019, com alagamentos que chegaram a quase dois metros de altura. Diante deste cenário devastador, a Associação de Moradores do Jardim Orlandina (AMJO), com o apoio da prefeitura de São Bernardo do Campo (SBC), firmou parceria com o Instituto Mauá de Tecnologia (IMT), por meio do Divisão de Eletrônica e Telecomunicações do Centro de Pesquisas, para implantar o exclusivo projeto que monitora o comportamento do nível dos rios da região do Grande ABC, objetivando evitar novas catástrofes, principalmente pelas águas do Ribeirão dos Meninos, rio que corta os bairros Jd. Orlandina e atravessa a estação elevatória Vila Vivaldi.

Projeto

O projeto, implantado em janeiro de 2021, conta com a instalação de sensores ao longo dos rios que medem a altura das águas. Além disso, a expectativa é que os dados gerados, a médio e longo prazo, ofereçam subsídios para tomadas de decisões na prevenção de enchentes e avisos à Defesa Civil que antecipem um cenário de perigo, uma necessidade de limpeza, detectem pontos de obstrução de águas, e até mesmo em quanto tempo demoraria para haver um novo alagamento e a normalização do volume dos rios após uma enchente.

“A Rede de Internet das Coisas (IOT) foi criada pelo Instituto Mauá de Tecnologia e é um sistema de comunicação via rádio e de longo alcance e que consome pouca energia. Essas características permitem que os sensores  facilmente instalados e também alimentados pela luz solar. Como não necessitam de nenhuma infraestrutura de fios e tomadas; a rapidez e praticidade na escalabilidade desse sistema é um ponto forte para a aplicação em Cidades inteligentes”, explica Fernando Martins; professor responsável pela Divisão de Eletrônica e Telecomunicações do Centro de Pesquisas do Instituto Mauá de Tecnologia.

Os dados coletados pelos sensores são abertos para qualquer pessoa e; por isso, espera-se criar equipes voltadas para análise dos dados e estudos comportamentais dos rios. O custo de instalação foi de aproximadamente R$ 550,00 para cada sensor; uma vez que todo o sistema LORAWAN (comunicação sem fio) e desenvolvido pelo IMT e integrado ao SMART CAMPUS da Mauá.

“Afinal diante do significativo impacto direto na comunidade, espera-se ampliar o projeto para outras regiões e rios. Ressaltamos a importância da iniciativa que deve acontecer em sintonia com outras ações de estudos climáticos em desenvolvimento na região; integrando assim os dados regionais e sistemas públicos para um apoio às possíveis ações da defesa civil”, finaliza o professor.

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